São Paulo, quarta, 1 de julho de 1998

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TÊNIS
A cada quatro anos

THALES DE MENEZES

Wimbledon gosta de dar todas as condições para os jornalistas trabalharem, como os outros torneios do Grand Slam.
As instalações destinadas à imprensa ficam no prédio da quadra Central. Sim, a quadra é um prédio retangular, projetado para que cada espaço seja bem aproveitado.
Por baixo das arquibancadas funciona boa parte do complexo administrativo de Wimbledon. Isso inclui os dois lugares mais frequentados pelos jornalistas: o restaurante da imprensa e a sala de monitores.
O assunto aqui é a tal sala, com 18 monitores de vídeo, umas 70 cadeiras, um sistema de som e uma máquina de refrigerantes -na faixa.
Dali, o repórter pode acompanhar o que está acontecendo em todas as quadras do All England Lawn Tennis Club. Além de uma câmera para cada jogo, há chance de acompanhar também as transmissões de TV da BBC 1 e 2. Normalmente, o som ambiente é o da BBC 1.
Depois das partidas, quando os astros dão coletiva, os jornalistas que não puderam entrar na sala de entrevistas (que tem poucas vagas) podem acompanhar tudo em um monitor.
Essa rotina de trabalho só muda de quatro em quatro anos. Exceto alguns xiitas das raquetes, os jornalistas deixam um olho na Copa, principalmente em sua seleção.
Aí o elegante ambiente de Wimbledon pode presenciar cenas um tanto inusitadas. Jornalistas italianos berrando por um gol de Baggio a ponto de interromper uma entrevista coletiva, discussões feias entre ingleses e franceses, jornalista vestindo camisa de seleção...
Este ano, até o sisudo comitê organizador cedeu. Quando os jogos da Inglaterra na Copa são disputados durante o dia, o placar principal, do lado de fora da Central, informa o resultado e o tempo de partida. Segundo um dos prepotentes conselheiros do clube, "afinal, é apenas uma vez a cada quatro anos".

NOTAS

Show interrompido
Uma contusão atrapalhou um jogão de duplas veteranas em Wimbledon. O holandês Tom Okker, 54, e o romeno Ilie Nastase, 51, enfrentavam a dupla mais velha da categoria Masters, os australianos Ken Rosewall, 64, e Fred Stolle, 59. Em quadra, cinco títulos na história do torneio. Mas Okker deixou a partida contundido.

O canhão voltou
Roscoe Tanner era o "canhão" dos anos 70, com saque que passava de 120 km/h. O desenvolvimento de novas raquetes e o aprimoramento físico dos tenistas fez suas marcas virarem piada. Hoje, quase todo profissional saca a mais de 200 km/h. Em Wimbledon, o norte-americano mostrou que é melhor o pessoal parar de rir. Sacou a 198 km/h, do alto de seus 47 anos.

De olho nele
Davide Sanguinetti, italiano, número 65 do ranking. E vai subir mais. E rápido.



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