São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002

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VÔLEI

Seleção aposta em Valeskinha, 2ª melhor no fundamento, nas finais do GP; estréia será hoje contra muralha chinesa

Brasil arma bloqueio para voltar ao pódio

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina de vôlei aposta no desempenho de uma de suas jogadoras mais baixas para superar o melhor bloqueio do Grand Prix e estrear com vitória na fase final da competição.
A central Valeskinha travará um duelo particular com Ruirui Zhao na partida contra a China, hoje, às 9h30, em Hong Kong.
As duas jogadoras ocupam, respectivamente, a segunda e a primeira posições nas estatísticas de bloqueio, com ampla vantagem para a chinesa. Ruirui marca 1,32 ponto por set no fundamento. Valeskinha registra 0,88 ponto.
A brasileira também está em desvantagem quando a comparação é entre as alturas das duas. A chinesa mede 1,96 m contra 1,80 m da rival. Valeskinha só é mais alta do que três atletas da equipe nacional -as líberos Arlene e Fabi e a levantadora Fabiana Berto.
Mas, mesmo sendo "baixinha", foi a central brasileira quem teve o melhor desempenho no jogo contra as chinesas, conseguindo superar com velocidade o melhor bloqueio do Grand Prix -mesmo perdendo por 3 sets a 1, o time de Marco Aurélio Motta fez sua melhor apresentação no torneio.
"É claro que agora elas vão marcar nossas bolas de meio, por isso teremos que variar bastante as jogadas, como chegamos a fazer no jogo anterior. A China não é um bicho-papão", disse Valeskinha.
A marcação de Ruirui é a principal preocupação da equipe.
"Ela desequilibrou no último jogo . Mas também não poderemos deixar de marcar a ponta Yang Hao, que vira as bolas de segurança", disse a líbero Fabi, após assistir a vídeos dos jogos das rivais.
Para o técnico Marco Aurélio Motta, as chinesas serão o principal obstáculo do Brasil nesta fase final -na primeira etapa, fizeram a melhor campanha, com oito vitórias e uma derrota. A seleção nacional perdeu quatro vezes e terminou na quarta colocação.
Mesmo assim, superou o desempenho de 2001, quando o time ainda contava com as cinco jogadoras consideradas titulares, que pediram dispensa às vésperas do Grand Prix deste ano.
"Tecnicamente, fizemos nosso melhor jogo contra as chinesas. Mas, para vencer a China, é preciso estar ligado o tempo todo. Elas são superiores e, para vencê-las, vamos ter que jogar 100% e esperar que elas joguem 70% de tudo o que sabem", disse o treinador.
Os outros rivais do Brasil na fase final são Alemanha e Rússia, que se enfrentam às 7h (de Brasília).


NA TV - Brasil x China, ao vivo, Sportv, às 9h30



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