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Brasil faz sua pior campanha em eliminatórias
DA REPORTAGEM LOCAL
As denúncias contra Wanderley Luxemburgo ganharam força
justamente em um dos piores
momentos da trajetória profissional do treinador, que está levando
a seleção brasileira à pior campanha da história em eliminatórias
de Copa do Mundo.
Desde que se projetou com o
Bragantino, em 90, o técnico nunca escondeu que seu projeto profissional era comandar a seleção.
De olho nessa meta, criou e difundiu uma imagem de modernidade que fez efeito na hora em
que a CBF escolheu um substituto
para o "antiquado" Zagallo.
Só que as coisas não têm saído
na seleção como o técnico havia
sonhado. Desde que ele assumiu,
em agosto de 98, a seleção fez apenas duas apresentações convincentes, ambas contra a Argentina.
No mais, ganhou o título da Copa América-99 e vem colocando
em risco a participação do país na
Copa de 2002.
Nos últimos dois meses, pelas
eliminatórias, a seleção sofreu
duas derrotas quase inimagináveis até algum tempo atrás: perdeu do Paraguai, em Assunção, e
do Chile, em Santiago.
Após a derrota para o Paraguai,
o treinador começou a ter sua
condições de "titular" do cargo
amplamente contestada.
Os demais jogos pelas eliminatórias também não convenceram
os torcedores: um empate com a
Colômbia, em Bogotá, uma vitória sobre o Equador, no Morumbi, uma vitória sobre o Peru, em
Lima, e um empate com o Uruguai, no Maracanã.
Sob fogo cruzado, com sua capacidade profissional contestada,
Luxemburgo teve um momento
para respirar, a vitória sobre a Argentina, no Morumbi, por 3 a 1,
no mês passado.
Mas a queda frente ao Chile, em
uma noite pouco inspirada da seleção, bastou para que ele novamente voltasse a ficar em baixa.
Uma apresentação insatisfatória da seleção domingo, contra a
Bolívia, pode agravar ainda mais a
crise do treinador, que busca separar, segundo ele, o que é público -o cargo da seleção- do que
é privado.
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