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Sócio negocia
jogadores, mas
refuta lucros
DO ENVIADO A CURITIBA
Como presidente de clube de
futebol, Sérgio Malucelli participa de negociação de jogadores,
embora diga que jamais atua na
função ""como empresário". Por
isso, não receberia dinheiro na
compra e venda de atletas.
Quando negocia algum jogador, como foi o caso de Arinélson, transferido para o Santos
por indicação de Luxemburgo,
""quem lucra é o Iraty", argumenta. """Nem eu, muito menos
o Wanderley."
No caso de Arinélson, porém,
admite que para o Iraty a negociação com o Santos foi um ótimo negócio. Na época, Luxemburgo esteve na cidade paranaense, acompanhado de um
dirigente do Santos, para definir
a contratação do atleta.
""Se o Arinélson não interessasse (ao Santos), eles não o
comprariam, muito menos o
Duprat (Renato, empresário
que patrocinava o time paulista) ficaria com parte do passe. O
Wanderley achava que ele seria
uma peça importante para o esquema de jogo (do Santos), fez a
indicação, fechamos negócio e
ganharam o Santos e o Iraty,
não eu e muito menos ele."
Como até hoje o Iraty detém
30% do passe do atleta, graças à
transação o clube chegou a lucrar R$ 1,2 milhão -valor atualizado-, o que serve para pagar
toda sua folha de despesas por
pelo menos um ano.
Além de negócios com atletas
do Iraty, Malucelli chegou a indicar jogadores do interior para
a diretoria do Atlético-PR, clube
com o qual tem contatos na diretoria por intermédio de seu irmão Marcos -muito amigo de
Mário Celso Petraglia, um dos
homens-fortes do clube.
No ano passado, assim que
Mozart foi convocado por Luxemburgo para defender o Brasil, ele entrou em contato com o
atacante Edu, irmão do volante
que atuava no futebol português, e tentou viabilizar a transferência do novo atleta da seleção para o Porto. Não conseguiu, pois o clube estava disposto a pagar US$ 3,5 milhões pelo
volante, e o Flamengo oferecia
pouco mais de US$ 5 milhões
para contratá-lo.
(JCA)
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