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Para médico, COI prepara surpresa em exames
DOS ENVIADOS A CANBERRA
O COI (Comitê Olímpico Internacional) mente quando diz que
não fará exame de hormônio de
crescimento e de insulina durante
os Jogos Olímpicos de Sydney,
que começarão no dia 15.
Quem diz isso é o chefe médico
da delegação olímpica brasileira,
João Alves Grangeiro Neto.
"Está certo o comitê em fazer isso. Faz parte do jogo. Eles não podem chegar e dizer que estão
atentos para isso", afirma ele.
As duas substâncias são as mais
importantes entre as que não podem ser detectadas pelos métodos
antidoping que serão utilizados
na Olimpíada de Sydney, segundo
a posição oficial do comitê.
Utilizado em diversos esportes,
o hormônio de crescimento humano permite ganho de massa
muscular.
Já a insulina produz o efeito antes alcançado pelos anabolizantes,
classe de produtos fora de moda
hoje entre os atletas, por serem de
fácil detecção.
A identificação das substâncias
pode ser feita por meio de exames
de sangue, cuja utilização na
Olimpíada foi aprovada na última
segunda-feira.
O COI, porém, diz que retirará
sangue dos atletas apenas para
detectar o doping pelo hormônio
EPO (eritropoietina), vedete entre
esportes de resistência.
"Se pegarem alguém nos Jogos
com hormônio de crescimento ou
insulina, vai servir de exemplo.
Por isso, eles não vão avisar", afirma Grangeiro.
Produzido artificialmente, o
EPO tem como efeito a melhora
da oxigenação no organismo, aumentando a força e a resistência
do atleta. É difundido entre ciclistas e competidores de provas de
resistência.
O uso de EPO foi responsável
por manchar a reputação de um
dos maiores eventos esportivos
da Europa.
Em 1998, logo da primeira etapa
da Volta da França, a prova ciclística de estrada mais famosa do
mundo, o massagista do francês
Richard Virenque, o maior competidor de seu país, foi preso com
400 frascos da substância na fronteira com a Bélgica.
(EA E RD)
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