No fim da visita da Fifa, Ricardo Teixeira diz que país não seguirá modelos de outras nações no Mundial

JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

No último dia dos inspetores da Fifa no Brasil, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, declarou que o Brasil está pronto para realizar uma Copa que "não será alemã, nem sul-africana ou coreana, mas com o nosso jeito. Com muito samba, no bom sentido". O país é candidato único à competição.
Teixeira se referiu aos aspectos culturais de cada país. Em relação à infra-estrutura, governos municipal, estadual e federal ainda não têm estimativa fechada dos custos. A maioria das 18 cidades candidatas a sede da Copa não mostraram levantamento nesse sentido.
Enquanto isso, Hugo Salcedo, chefe da comitiva da Fifa, deixou claro que o mais importante em sua visita foi certificar-se do apoio das autoridades brasileiras à Copa. "É muito importante que o presidente se interesse pelo futebol", disse ele, em referência ao presidente Lula, que o recebeu com os outros quatro inspetores.
Ele ressaltou ser "os olhos e ouvidos" da Fifa, embora suas vistorias nas candidatas a sede tenham sido superficiais, com visitas de pouco mais de uma hora em estádios.
No dia 25 ou 26 de outubro, o relatório dos inspetores será entregue ao Comitê Executivo da Fifa. No dia 30, eles anunciam se o Brasil poderá sediar a Copa do Mundo de 2014.
O Rio de Janeiro, onde a comissão iniciou e encerrou sua avaliação de oito dias, tem um Maracanã ainda carente de diversas reformas. Além disso, sofre com a falta de transporte metroviário, entre outros problemas nesta área. Eles visitaram obras de expansão do metrô -a extensão foi prometida para o Pan e não aconteceu.
Ontem, os quatro inspetores da Fifa terminaram na capital fluminense a inspeção, que passou também por Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre -os outros 13 projetos foram analisados em apresentações em um hotel.
Adversários políticos, o prefeito Cesar Maia e o governador Sérgio Cabral fizeram coro ao afirmar que se entusiasmaram com a declaração do governador paulista José Serra de que a final deve ser no Maracanã, com a abertura em São Paulo. "Estamos no palco da final da Copa de 2014", disse Cabral. Já o presidente da CBF mostrou prudência em relação ao tema.

Texto Anterior: Elenco enxuto brilha; numerosos afundam
Próximo Texto: Panorama da rodada é bom para o líder
Índice