|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo busca recorde e folga
Rogério está perto de superar Waldir Perez, que ficou 694 minutos sem levar gol no Brasileiro
Contra Paraná, no Morumbi,
time tem chance de ampliar
distância na ponta; na zaga,
Alex Silva, suspenso, cede
espaço para André Dias
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Atleta com mais tempo de casa no São Paulo -chegou ao
clube em 1990-, o goleiro Rogério está perto de ampliar sua
coleção de recordes dentro do
clube do Morumbi.
O jogador que mais vestiu a
camisa do atual líder do Brasileiro (já disputou 756 partidas)
pode hoje, às 18h10, diante do
Paraná, no Morumbi, derrubar
a marca de Waldir Perez, que
defendeu o clube entre 1973 e
1984 e foi titular do Brasil na
Copa de 1982, como o goleiro
são-paulino que passou mais
minutos sem ser vazado.
A última vez em que Rogério
sofreu um gol no Brasileiro foi
diante do Juventude, na vitória
por 3 a 1, no dia 2 de agosto. E a
rede do time do Morumbi balançou logo aos 2min do primeiro tempo. São 628 minutos
de invencibilidade.
O recorde de Waldir Perez
(694 minutos) data de 1983.
Naquela edição do Brasileiro,
ele passou sete partidas completas sem ser vazado e só foi
vencido na vitória sobre o Sport
por 3 a 1. Nesse jogo, o gol dos
pernambucanos foi feito aos
33min do primeiro tempo -ele
ainda ficou 31 minutos sem levar gols na última partida do
Nacional de 82, na derrota por
2 a 0 para o Guarani.
"Como isso ainda não aconteceu, não me sinto à vontade
para falar. Caso aconteça, comentarei com prazer", limitou-se a dizer Rogério, que está a 66
minutos do novo feito.
Parte da possível quebra de
recorde de Waldir Perez a favor
do atual camisa 1 são-paulino
depende do novo trio de zagueiros que jogará nesta noite.
Sem Alex Silva, suspenso por
ter recebido o terceiro amarelo,
André Dias volta a ter uma
chance no time titular. E terá
pela frente uma tarefa complicada: barrar o atacante paranista Josiel, artilheiro do Nacional
até o momento, com 15 gols.
"Ele é rápido e habilidoso,
com um estilo bem diferente do
Aloísio, por exemplo, que tem
mais força", comparou o zagueiro, que formará a defesa
com Breno e Miranda.
A concorrência por um lugar
no sistema defensivo, aliás, é
encarada como uma corrida
pelo zagueiro, que, por enquanto, coloca-se em desvantagem
em relação aos colegas.
"No momento, o Alex [Silva]
é o melhor, tanto que está na
seleção. O Breno é jovem e
apontaria como o destaque, e o
Miranda marca bem, passa segurança. E eu estou correndo
por fora", brincou André Dias.
Mesmo quando a zaga considerada titular tem uma alteração, o São Paulo não tem sentido os efeitos das trocas. Prova
disso é que o time tem média de
0,32 gol sofrido -em 22 rodadas, levou apenas sete gols.
"Não tem segredo. Esse time
deu liga, e agora é só treinar",
disse o treinador Muricy.
Outro fator apontado como
favorável ao "jejum" de gols sofridos é a aplicação dos jogadores de frente na marcação.
"Os atacantes também marcam a saída de bola. Além disso
e da qualidade, tem o treinamento e a filosofia de jogo",
concluiu o técnico são-paulino.
Na TV - São Paulo x Paraná
Sportv, ao vivo, às 18h10
Texto Anterior: Espanha: Barcelona empresta Thiago Motta Próximo Texto: Defesa de palmeirenses vira acusação Índice
|