DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmidt, vai solicitar o teipe do clássico entre Palmeiras e São Paulo, realizado na quinta, no Parque Antarctica, para investigar o que fez o goleiro são-paulino Bosco após o jogo.
Anteontem, por meio de um DVD, a diretoria do Palmeiras mostrou imagens de uma suposta simulação, na qual o atleta teria sido atingido por um objeto lançado pela torcida do Palmeiras, visando descaracterizar a agressão sofrida pelo reserva de Rogério após o clássico.
O goleiro, que pode ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva, em relação a componente de sua representação, representação adversária ou de espectador), fica, nesse caso, sujeito a pegar uma suspensão de um a dez jogos.
Segundo Schmidt, as evidências apontam para encenação do atleta. "Foi uma simulação das mais grotescas", disse o procurador, que não vai esperar o Palmeiras mandar o material. "A princípio, parece bastante evidente."
Schmidt falou ainda que o Palmeiras não corre o risco de perder o mando de campo pelo fato de o goleiro ter achado um objeto no gramado. "Tem que ser caracterizado o arremesso. O juiz tem de ver o objeto ser lançado."
O São Paulo vê o caso como oportunista. "O Bosco não fez nada. E, se for feita denúncia, o clube vai defendê-lo", falou o diretor de futebol do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva.

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