São Paulo, terça, 1 de setembro de 1998

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Oposição resolve se unir contra Dualibi

da Reportagem Local

O grupo de oposição à atual administração do Corinthians promete acabar com a dissidência e inscrever uma chapa unificada para disputar as eleições que serão realizadas no próximo dia 19. Termina hoje o prazo de inscrição.
A chapa da oposição deve ser encabeçada por Marlene Matheus, por meio de um acordo em que outro pretenso candidato a presidente, o empresário Damião Garcia, ficaria com a presidência do Conselho Deliberativo.
O empresário Antoine Gebran, dissidente de Marlene, que havia se lançado para o cargo, desistiu de concorrer à presidência.
Na eleição do dia 19, serão eleitos os 205 conselheiros quadrienais do clube para até 2002. Eles vão se unir aos 95 conselheiros vitalícios que o Corinthians tem (atingindo o número de 300) para eleger o presidente e demais membros da administração do clube.
A votação deveria ter ocorrido no último dia 15, mas foi embargada pela oposição, que não chegou a registrar candidatura, questionando na Justiça uma mudança de estatuto que beneficiava o grupo do presidente Alberto Dualibi.
Terão direito a voto os sócios do clube há mais de dois anos.
"Primeiro estou esperando a confirmação oficial de quem é o candidato da oposição para depois manifestar meu apoio ou não", disse ontem Gebran.
"Quero ganhar para fazer uma auditoria no Corinthians e mostrar para os sócios o que foi a gestão Dualibi", afirmou Marlene.
O conselheiro José de Castro Bigi foi nomeado como uma espécie de interventor no Corinthians no último dia 22, em reunião entre os 95 conselheiros vitalícios do clube.
Ele assumiu a presidência do Conselho Deliberativo e vai presidir a Assembléia Geral do dia 19 para a eleição.
Segundo o advogado Sérgio Grassini, do departamento jurídico do Corinthians, a atual administração está agindo com boa vontade para que as eleições sejam realizadas de forma democrática.
"O mandato do atual presidente, Alberto Dualibi, não expirou no último dia 15. Está sendo analisado na Justiça. Esse processo poderia demorar dois ou três anos e, enquanto isso, Dualibi se manter na presidência, mas não é isso que a situação deseja." (MS)



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