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TÊNIS
Primeiro passo
THALES DE MENEZES
Na estréia, pelo menos, não
houve vexame. Gustavo Kuerten
passou como quis pelo tcheco
Bohdan Ulihrach. Enfiou 17 aces
no coitado, quebrou um serviço
do adversário em cada set e saiu
da quadra sem suar muito.
Se a preocupação de Larri Passos é melhorar a imagem de
Kuerten nos EUA, todo cuidado
é pouco na próxima rodada. O
brasileiro vai enfrentar o holandês Paul Haarhuis, e, nessa estratégia "antivexame", a vitória
é obrigatória.
Haarhuis já tem 33 anos. Há
um bom tempo, está longe dos
tenistas "top" e, para falar a verdade, nunca foi grande coisa
mesmo, até quando era jovem. É
um senhor jogador de duplas,
mas quando fica sozinho em seu
lado da quadra não costuma
meter medo.
Uma boa campanha de Kuerten vai ganhando mais importância. Pete Sampras e Tim
Henman já estão fora, Yevgeny
Kafelnikov e Patrick Rafter estão em chaves bem indigestas.
Assim, apenas Andre Agassi parece ter um caminho tranquilo
na primeira semana de US
Open. E conta com a simpatia
total do público, muito mais do
que o contundido Sampras.
Dessa forma, umas vitórias
bastariam para Kuerten brigar
por uma fatia maior na mídia
americana. O negócio é respirar
fundo e ir em frente.
Falando em brasileiros, Fernando Meligeni deu um passeio
em sua estréia. Seu adversário, o
garotão norte-americano Kevin
Kim, foi patético na quadra.
Nervoso, não tinha a mínima estrutura para um Grand Slam.
Meligeni deve agradecer a facilidade de ontem. Ele poderia
pegar na segunda rodada o ex-número um Jim Courier, e aí o
caldo engrossaria, porque o
americano seria empurrado pela torcida. Mas Slava Dosedel será seu rival. Dá para ganhar.
Último recado para a turma
que não assina a Sportv e andou
mandando mensagens para esta
coluna. O site do Aberto dos
EUA é www.usopen.org. Dá para acompanhar os jogos ao vivo.
NOTAS
Arrasador
A vitória mais fulminante registrada nos dois primeiros
dias de US Open foi o massacre
que o teen australiano Lleyton
Hewitt impôs ao veterano suíço Marc Rosset. O placar contundente já diz tudo: 6/2, 6/2 e
6/0. E as estatísticas são assombrosas. Hewitt conquistou 85%
dos pontos quando teve o saque. Acuado, Rosset tentou
reagir com o canhão e cometeu
14 duplas faltas. Barbaridade.
Decepcionante
Quem também barbarizou
nos números foi o cabeça-de-chave número seis, o inglês
Tim Henman. Só que seus recordes foram negativos. Caiu
na estréia, em três sets, com a
façanha de cometer 52 erros
não forçados. O pior: seu algoz
foi o argentino Guillermo Cañas, que não fica à vontade no
piso de Flushing Meadows. No
sábado, Henman disse que o
US Open seria sua redenção
após um ano irregular. Pois é.
E-mail thales@folhasp.com.br
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