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Revezamento 4 x 100 m supera adversidades e consegue a prata em Sydney
Puro sangue
"Queria falar para o povo brasileiro, sofredor, que trabalha, humilde, que
esta medalha nâo é nossa, é de vocês. Esta medalha é um patrimônio do
Brasil. Corremos com coração. Somos Brasil, não temos nome"
CLAUDINEI QUIRINO
Velocista brasileiro, depois da conquista da medalha de prata no revezamento 4x100 m do atletismo
No penúltimo dia da Olimpíada de Sydney, o Brasil, mesmo sem conseguir o
ouro, sentiu finalmente o gosto da superação.
Após uma semana marcada por eliminações e derrotas do país nos Jogos, a
equipe do revezamento 4 x 100 m do atletismo, contra todos os prognósticos,
alcançou a prata na madrugada de ontem, perdendo apenas para o imbatível
time norte-americano, encabeçado pelo recordista mundial Maurice Greene.
Vicente Lenilson, 23, Edson Luciano, 27, André Domingos, 27, e Claudinei
Quirino, 29, superaram o bronze de Atlanta-96 e as adversidades que
perseguem a modalidade no país, que não conta, entre outras coisas, com uma
pista decente para treinamentos.
Quirino, último homem do revezamento, brilhou, ultrapassando um adversário
de Cuba nos metros finais da prova. Emocionado, o velocista, que viveu até
os 15 anos em um orfanato e antes do atletismo chegou a trabalhar como
pedreiro, catador de lata e frentista, dedicou a medalha aos "sofredores e
humildes" brasileiros.
Com o resultado, o atletismo volta a alcançar o iatismo na lista dos
esportes mais bem-sucedidos da história olímpica brasileira - ambos totalizam
12 medalhas até aqui.
E sai de Sydney como uma das poucas modalidades em que o Brasil demonstra ter evoluído desde os últimos Jogos...
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