São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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VIDA NA VILA
Lars Grael pode retornar em Atenas-2004

ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY


Em Sydney , pela quinta vez consecutiva, Lars Grael se viu em meio a uma disputa olímpica. Nunca antes, porém, ele estivera em uma situação como a atual.
Desde o dia 6 de setembro de 1998, quando o empresário Carlos Guilherme Lima Filho decepou-lhe a perna em um acidente ("não alimento ódio em relação a ele"), Grael, ganhador de dois bronzes olímpicos, teve sua vida mudada -ou quase.
Não busca mais medalhas nas raias, mas esforça-se para ajudar a trazê-las do lado de fora, como diretor técnico. "É mais gratificante como atleta. Mas estou muito feliz em estar aqui. Esse é o meu habitat."
Essa situação, de qualquer forma, pode ser bem diferente daqui a quatro anos.
A partir da mudança para Brasília, no início do ano passado, para trabalhar no Indesp (Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto), Grael deu os primeiros passos para voltar às raias.
Montou a flotilha Paranaguá, a maior do país na classe star, com 17 barcos.
"Com o acidente, fiquei limitado aos barcos de quilha, da soling e da star, onde o timoneiro tem função de tática, estratégia, com movimentação limitada", diz ele. "Mas não vou me iludir, achar que posso chegar e ganhar medalha olímpica."
No mínimo, vai participar diretamente dos treinamentos de seu irmão Torben, trabalhando como sparring. Torben, por sua vez, vai mais longe: "Ele começou sem muita pretensão. Mas viu que é um barco divertido, onde pode ter boas perspectivas. E já teve bons resultados".

EM FOCO
O que não é a falta de visão política: o Brasil pode até promover a candidatura do Rio aos Jogos de 2012. A vizinha Argentina, porém, já avisa que pretende lançar, de novo, Buenos Aires.


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