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VIDA NA VILA
Lars Grael pode retornar em Atenas-2004
ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
Em Sydney , pela quinta
vez consecutiva, Lars
Grael se viu em meio a uma
disputa olímpica. Nunca antes, porém, ele estivera em
uma situação como a atual.
Desde o dia 6 de setembro de
1998, quando o empresário
Carlos Guilherme Lima Filho
decepou-lhe a perna em um
acidente ("não alimento ódio
em relação a ele"), Grael, ganhador de dois bronzes olímpicos, teve sua vida mudada
-ou quase.
Não busca mais medalhas
nas raias, mas esforça-se para
ajudar a trazê-las do lado de
fora, como diretor técnico. "É
mais gratificante como atleta.
Mas estou muito feliz em estar
aqui. Esse é o meu habitat."
Essa situação, de qualquer
forma, pode ser bem diferente
daqui a quatro anos.
A partir da mudança para
Brasília, no início do ano passado, para trabalhar no Indesp (Instituto Nacional do
Desenvolvimento do Desporto), Grael deu os primeiros
passos para voltar às raias.
Montou a flotilha Paranaguá, a maior do país na classe
star, com 17 barcos.
"Com o acidente, fiquei limitado aos barcos de quilha, da
soling e da star, onde o timoneiro tem função de tática, estratégia, com movimentação
limitada", diz ele. "Mas não
vou me iludir, achar que posso
chegar e ganhar medalha
olímpica."
No mínimo, vai participar
diretamente dos treinamentos
de seu irmão Torben, trabalhando como sparring. Torben, por sua vez, vai mais longe: "Ele começou sem muita
pretensão. Mas viu que é um
barco divertido, onde pode ter
boas perspectivas. E já teve
bons resultados".
EM FOCO
O que não é a falta de visão política: o Brasil pode até promover a
candidatura do Rio aos Jogos de
2012. A vizinha Argentina, porém, já avisa que pretende lançar,
de novo, Buenos Aires.
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