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FUTURAMA
Salto com vara pode ter ajuda da biomecânica
MARCELO DIEGO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
Um grupo de pesquisadores, trabalhando para o
Comitê Olímpico Internacional, concluiu que a biomecânica pode ajudar os atletas a
conseguirem marcas muito
maiores no salto com vara.
O problema é que isso pode
gerar uma série de lesões na
espinha, principalmente de
atletas jovens. O estudo foi
conduzido em parceria com o
laboratório Pfizer, famoso pela produção do Viagra.
A análise biomecânica foi
feita a partir da performance
de atletas de elite. Ela levou
em conta o desenho e o material utilizados nas varas atualmente, as técnicas do pulo e a
velocidade do atleta na corrida que antecede o salto. Misturando tudo, chegaram à
conclusão de que um salto de
6,40 m não é impossível.
Em Sydney, o norte-americano Nick Hysong ganhou o
ouro saltando 5,90 m. O recorde mundial pertence, desde
1994, a Serguei Bubka, da
Ucrânia, com 6,14 m.
Para o professor Peter Bruggemann, da German Sport
University, o segredo está na
flexibilidade. Quanto mais
"dobrável" a vara, maior a capacidade de impulsionar o
corpo por cima do obstáculo.
O problema é que o corpo
não está acostumado a esforços repetidos dessa natureza
-podendo causar lesões na
coluna. Para criar condições
de desenvolver melhor os instrumentos, os cientistas resolveram imergir em pesquisas
em Sydney.
Quatro câmeras sincronizadas filmaram os três primeiros
atletas no salto com vara
(masculino e feminino) desde
o instante em que pisaram na
pista até o fim do salto. Esses
dados serão analisados por
um programa de computador.
EM FOCO
A Pfizer comemora. Ninguém botava fé no salto com vara em
Sydney até a musa Tatiana Grigorieva entrar na pista, ganhar a
prata e as primeiras páginas.
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