São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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FUTURAMA
Salto com vara pode ter ajuda da biomecânica

MARCELO DIEGO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY

Um grupo de pesquisadores, trabalhando para o Comitê Olímpico Internacional, concluiu que a biomecânica pode ajudar os atletas a conseguirem marcas muito maiores no salto com vara.
O problema é que isso pode gerar uma série de lesões na espinha, principalmente de atletas jovens. O estudo foi conduzido em parceria com o laboratório Pfizer, famoso pela produção do Viagra.
A análise biomecânica foi feita a partir da performance de atletas de elite. Ela levou em conta o desenho e o material utilizados nas varas atualmente, as técnicas do pulo e a velocidade do atleta na corrida que antecede o salto. Misturando tudo, chegaram à conclusão de que um salto de 6,40 m não é impossível.
Em Sydney, o norte-americano Nick Hysong ganhou o ouro saltando 5,90 m. O recorde mundial pertence, desde 1994, a Serguei Bubka, da Ucrânia, com 6,14 m.
Para o professor Peter Bruggemann, da German Sport University, o segredo está na flexibilidade. Quanto mais "dobrável" a vara, maior a capacidade de impulsionar o corpo por cima do obstáculo.
O problema é que o corpo não está acostumado a esforços repetidos dessa natureza -podendo causar lesões na coluna. Para criar condições de desenvolver melhor os instrumentos, os cientistas resolveram imergir em pesquisas em Sydney.
Quatro câmeras sincronizadas filmaram os três primeiros atletas no salto com vara (masculino e feminino) desde o instante em que pisaram na pista até o fim do salto. Esses dados serão analisados por um programa de computador.

EM FOCO
A Pfizer comemora. Ninguém botava fé no salto com vara em Sydney até a musa Tatiana Grigorieva entrar na pista, ganhar a prata e as primeiras páginas.


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