São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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FUTEBOL

Camarões deve usar base de time na Copa

DO ENVIADO A SYDNEY

Depois de vencer a Espanha na disputa de pênaltis, após um empate em 2 a 2, e conquistar a sua primeira medalha de ouro na história da Olimpíada, Camarões quer aproveitar a base do time que jogou em Sydney para surpreender na Copa de 2002.
"Foi uma vitória do futebol africano e do povo africano. Agora o nosso desafio é melhorar ainda mais para disputarem com boas chances a Copa do Mundo", disse, eufórico, o técnico da equipe camaronesa, Jean-Paul Akono.
Dos titulares que levaram o ouro, três têm mais de 23 anos: o atacante e craque do time Mboma, 29, o zagueiro Nguimbat, 25, e o meia Mimpo, 26.
Considerando que o também atacante Roger Milla disputou o Mundial de 94 com 42 anos e até fez gol, mesmo Mboma poderá estar na próxima Copa, caso Camarões esteja nela. Nas eliminatórias africanas, o time já passou da primeira fase, batendo a Somália duas vezes por 3 a 0.
"Pelo menos dez desses jogadores estarão na Coréia e no Japão, se nós realmente nos classificarmos", afirmou o ex-goleiro da seleção camaronesa Thomas Nkono, hoje preparador de goleiros do time de seu país.
Vencedor por duas vezes (1984 e este ano) da Copa da África, principal torneio de seleções do continente, Camarões foi o segundo país africano a ganhar o ouro olímpico: em Atlanta-96, a Nigéria foi a campeã.
Até ontem o ouro no futebol era a única medalha ganha por Camarões na Olimpíada.
Anteontem, como se tornou uma constante na Olimpíada, Camarões soube reagir a uma situação adversa: levou dois gols no primeiro tempo, descontando na etapa final, quando a Espanha teve dois jogadores expulsos.
Na morte súbita, com dois a menos, a Espanha conseguiu segurar o empate. Mas, na disputa de pênaltis, o espanhol Amaya, que já marcara um gol contra, chutou na trave. Camarões converteu todas as cobranças. (FV)



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