São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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Campeonato motiva os sem-parceria

DA REPORTAGEM LOCAL

Parceria entre empresas e clubes é sinônimo de boas colocações na tabela, certo? Se depender da Copa João Havelange, errado.
Os times sem um parceiro para bancar grandes contratações estão nas primeiras posições, casos dos líderes São Paulo e Goiás.
Entre os 12 times que estariam classificados hoje para a próxima fase da Copa JH, apenas quatro -Vasco, Vitória, Cruzeiro e Flamengo- têm parceiros.
O clube mineiro fez acordo com o HTMF, fundo de investimentos norte-americano que também tem contrato com o Corinthians, 19º colocado até ontem.
O Flamengo é administrado pela ISL, empresa suíça de marketing esportivo que acertou um pré-contrato com o Palmeiras, que estava em 20º lugar.
Já o Vasco tem como parceiro o Nations Bank, e o Vitória, o Exxel Group, instituições bancárias norte-americanas. Além dos clubes citados, o Grêmio, 18º, também tem acordo com a ISL.
Dos times com parceria que estariam classificados se a Copa JH terminasse hoje, nenhum era líder ou estava entre os três primeiros até a rodada de ontem.
O mais bem posicionado na tabela era o Vasco, em terceiro lugar, com 22 pontos em 12 jogos, 61,1% de aproveitamento.
O Vitória ocupava a oitava posição, com 21 pontos em 15 jogos, 46,7% de aproveitamento.
Em nono lugar estava o Cruzeiro, também com 21 pontos, mas em 13 jogos e uma vitória a menos, aproveitamento de 53,8%.
Entre os que estariam fora, o Grêmio tinha 15 pontos em 11 jogos, o Corinthians, 15 em 12, e o Palmeiras, 14 em 13.
Desses, os dois clubes paulistas passam por situações diferentes.
Já classificado para a Taça Libertadores, o Palmeiras usa a Copa JH como laboratório para o torneio continental. O time montado não conta com o dinheiro da Parmalat, que deixa o clube no final do ano para a entrada da ISL.
O Corinthians, que desmontou a equipe do primeiro semestre, trouxe reforços que só estrearam no meio do campeonato.
No São Paulo, time com melhor aproveitamento da competição, há resistência ao modelo de parceria, pelo temor de alterar a estrutura de poder no clube. (LS)



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