São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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Corinthians subutiliza metade de seus reforços

Dos 27 atletas que chegaram no ano, 14 estiveram em menos de 50% dos jogos

Faz parte dessa lista Diogo, lateral-direito que hoje deve jogar na meia e que atuou só em dois dos dez confrontos do clube desde sua chegada


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Diogo, lateral-direito que fechou o longo ciclo de contratações do Corinthians em 2008, deve fazer hoje, contra o Paraná, às 16h20, no Pacaembu, sua terceira aparição com a camisa alvinegra num jogo oficial. Improvisado no meio, ele deve substituir Morais, outro reforço adquirido pelo clube para esta temporada, que está no fim.
Apesar de terem em comum o fato de ainda não terem completado seis meses no Parque São Jorge, esses dois jogadores estão em lados opostos quando se trata de participação na campanha do time na temporada.
Morais faz parte do grupo dos jogadores contratados nesta temporada que mais vezes entraram em campo. Das 14 partidas que o time fez desde que o nome do meia apareceu no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF como jogador corintiano, ele atuou em 13.
Mas é Diogo, com suas duas aparições em dez jogos de que poderia ter participado, que representa melhor a condição da maioria dos reforços do Corinthians neste ano de Série B.
Dos 27 jogadores contratados em 2008 desde o início da temporada, 14 deles tiveram menos de 50% de participação na campanha corintiana, ou seja, a maioria dos reforços.
Desses 14 atletas, 11 não chegaram a participar nem de um terço dos confrontos dos quais poderiam ter ido a campo.
O caso de Diogo, que atuou em 20% das partidas desde sua chegada, em setembro, nem está entre os mais bizarros.
Sete contratações feitas pelo Corinthians em 2008 podem ser consideradas grandes fracassos, se levado em conta esse índice de participação.
Marcel, o primeiro jogador adquirido pelo clube na tentativa de preencher uma lacuna no setor de criação, foi indicado por Mano Menezes, mas isso não foi o suficiente para que ele se tornasse um atleta confiável. Com dez atuações em 62 jogos possíveis, o meia tem 16,1% de participação.
Em pior situação que ele estão Rafinha, Alves e Almeida. Os três não chegaram a jogar nem 10% das partidas para as quais estavam disponíveis.
Almeida, que chegou para ser o "novo Anderson" -muito mais por seus cabelos se parecerem com os do meia do Manchester United do que pelo futebol-, está zerado. Podia ter jogado 13 partidas desde que foi contratado para "testes". Não pisou no gramado.
Outras três tentativas de melhorar o elenco corintiano em 2008 foram tão mal que até já deixaram o Parque São Jorge.
Sem convencer Mano Menezes de que poderiam ser úteis, o atacante Lima e os zagueiros Valença e Cristian Suárez saíram sem serem notados, com, respectivamente, 14,5% (8 jogos em 55 possíveis), 3,7% (1 em 27) e 9,1% (4 em 44) como seus índices de participação.


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