São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2000

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PAINEL FC

Antidoping
O ex-técnico da seleção Wanderley Luxemburgo levou aos senadores um exame feito pela USP que atestou que ele não é usuário de drogas. Para surpresa dos parlamentares, o resultado do exame não continha o nome de Luxemburgo.

Salvo pelo xerife
O senador Romeu Tuma (PFL-SP), derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, salvou o ex-técnico da seleção. Interrompeu seus colegas e disse que, em casos de exames relacionados a drogas, é comum o nome do paciente ser ocultado.

Torcida vermelha
A explicação do treinador de que se chamava Luxemburgo porque seu avô, um ferroviário, havia batizado sua mãe -Rosa- em homenagem à marxista histórica, arrefeceu os ânimos do senador José Eduardo Dutra (PT-SE). "Se soubesse disso, não teria xingado tanto o Luxemburgo na Olimpíada."

Boi na linha
O depoimento de Luxemburgo foi entrecortado, durante todo o tempo, por barulho de telefones celulares. O presidente da CPI, Álvaro Dias, chegou a pedir aos presentes que desligassem seus aparelhos. Luxemburgo, que costumava exigir a saída de jornalistas portando celulares, dessa vez ficou mudo.

Olheiro
O ex-jogador de basquete Ubiratan foi mandado pela Secretaria Nacional do Esporte, órgão que substituiu o Indesp, para assistir ao depoimento de Luxemburgo. Ouviu tudo calado, fez anotações e vai elaborar um relatório para o presidente da secretaria, José Otávio Germano.

Mais um
A CPI do Futebol aprovou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de mais uma empresa ligada ao esporte. A Unicór, ex-patrocinadora do Santos e responsável por parte do salário de Luxemburgo quando ele treinava a equipe paulista, terá sua vida bancária devassada. Renato Duprat, dono da empresa, também pode ter seu sigilo quebrado.


Trocando as bolas
Luxemburgo se confundiu ao responder qual a profissão de sua mulher, Josefa. O técnico afirmou que a "dona encrenca", como costuma chamá-la informalmente, era doméstica. Na verdade, o treinador quis dizer que ela é dona-de-casa.

Fugindo do passado
O ex-técnico da seleção fez questão de não fazer referência direta, durante o depoimento, à acusação de assédio sexual feita pela manicure Cláudia Laudineide Machado. Limitava-se a dizer que sofreu muito com o "caso de Campinas", no qual foi absolvido por falta de provas.

Uniformizada
Os assessores dos parlamentares que fazem parte da comissão já encontraram uma maneira de se identificar. Eles têm usado "bottons" com a inscrição "CPI do Futebol". Também foram confeccionados adesivos para divulgar a CPI do Senado.

Mordaça
A Associação Nacional de Jornais protestou contra a atitude do presidente eleito do Vasco, Eurico Miranda, de proibir a entrada de jornalistas de alguns veículos em São Januário. Em nota, classificou a restrição de "lamentável" e pediu que a atitude seja reconsiderada.

Multiplicação de votos 1
As denúncias dominam o período pré-eleitoral no Sport. Wanderson Lacerda, candidato a sucessão do deputado federal e atual presidente, Luciano Bivar, no final de dezembro, acusa a situação de distribuir mais de 3 mil títulos de sócios para engrossar a sua votação.

Multiplicação de votos 2
Já o grupo de Bivar denuncia que a oposição usou artifício semelhante: espalhou carteiras de sócio-atleta, que dá direito a voto, entre remadores que jamais defenderam o clube. A disputa é acirrada, com ligeira vantagem para Bivar, que tenta a reeleição.

DIVIDIDA
Do vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, sobre o fato de uma empresa alemã de segurança ter oferecido desconto para que atletas e dirigentes do clube blindem o carro:
- Essa empresa não tem que se preocupar conosco. Eles deviam dar desconto para fugitivos de guerra nazistas.

CONTRA-ATAQUE

Salvo pela bandeira
A censura imposta pelo Vasco a alguns jornalistas e órgãos de imprensa vem acirrando os ânimos da torcida do clube.
Para piorar a situação, no estádio de São Januário as cabines de imprensa são praticamente coladas com uma parte da arquibancada, facilitando a pressão da torcida.
Sabendo disso, o locutor de uma rádio baiana resolveu se prevenir para narrar o jogo da última terça em São Januário entre Vasco e Bahia, pela JH.
Grudou na sua cabine uma bandeira do Vasco.
Mas foi pouco: a cada ataque do Bahia, ele aumentava o tom e a empolgação da narração. Quando o time baiano marcou os seus gols, dois, o radialista berrou feito um louco, atraindo olhares hostis dos integrantes da organizada Força Jovem, que fizeram menção de invadir o espaço para tirar satisfações.
Diante das ameaças, o locutor segurava a bandeira vascaína, gritando para os torcedores:
- Torço para o Vasco. Sou de Campos (interior do Rio de Janeiro), sou de Campos.
No final, saiu ileso.
E-mail: painelfc.folha@uol.com.br


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