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FUTEBOL
Da Coréia, onde participa do sorteio dos grupos da Copa, ex-atleta diz que foi "traído" por Hélio Viana na PS&M
Pelé expulsa sócio depois de auditoria
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
Hélio Viana não é mais sócio de
Pelé. O ex-jogador alterou o contrato social da Pelé Sports & Marketing Ltda. e expulsou o empresário carioca da empresa.
Viana, amigo de Pelé e seu braço-direito por quase duas décadas, era dono de 40% das ações da
PS&M Ltda.
A mudança no contrato foi protocolada na Junta Comercial do
Estado do Rio de Janeiro na última quarta-feira.
Diz o texto: "Com fundamento
no disposto na Cláusula 9 - Exclusão - itens (a) e (c) do contrato social, é excluído da sociedade o sócio Hélio Viana de Freitas (...) por
grave violação dos direitos associativos, notadamente abuso, prevaricação e incontinência de conduta e infração e falta de cumprimento com os deveres de sócio".
Mais adiante, ainda no contrato
social, Viana fica obrigado a pagar
obrigações contraídas pela PS&M
durante sua gestão e por "perdas
havidas até o momento da exclusão". O empresário carioca também está proibido de entrar na sede da agência, no Rio.
Para mostrar os supostos crimes praticados por Viana, Pelé
anexou ao contrato queixa-crime
que protocolou na Justiça e que
foi enviada ao Ministério Público.
Da Coréia do Sul, onde participa
hoje do sorteio dos grupos da Copa de 2002, Pelé disse à Folha que
foi traído por Viana. "Ele não precisava fazer o que fez. Fui traído.
Mas não vou me pronunciar sobre o assunto. Meus advogados já
estão cuidando de tudo", afirmou, por telefone.
A relação de Pelé e Viana já estava por um fio ainda antes da revelação, pela Folha, no último dia
18, de que a Pelé Sports & Marketing Inc., com sede nas Ilhas Virgens (Antilhas), recebeu US$ 700
mil para organizar um evento do
Unicef que nunca se realizou e ficou com o dinheiro.
O ex-jogador, desconfiado da
situação financeira da PS&M
Ltda., contratou uma empresa para auditar as contas da agência.
Com resultados preliminares,
decidiu fechar as portas da PS&M
após o fim dos contratos que estão em vigência e abriu uma nova
empresa de marketing esportivo,
a Pelé Pro, em São Paulo.
De Busan, Pelé voltou a dizer
que não ficou com nenhum centavo do evento da seção argentina
do Unicef.
Seus advogados dizem que os
US$ 700 mil foram parar em contas pessoais de Viana.
O ex-sócio de Pelé, que ontem
não foi localizado para comentar
sua expulsão da PS&M, tem insinuado que parte do dinheiro foi
utilizada para comprar o passe do
meia Giovanni, ex-Santos e hoje
no futebol grego.
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