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Torcida celebra com estrela amarela e taça "fake"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE,
E DO ENVIADO A BELO HORIZONTE
A vedete do maior público do
campeonato foi a estrela amarela.
O adorno ostentado pela maioria
dos 75.002 torcedores (incluindo
os não-pagantes) no Mineirão será bordado pela primeira vez na
camisa do Cruzeiro, que jamais
havia conquistado um Brasileiro.
A falta da estrela sempre foi motivo de ironia dos rivais do Atlético-MG, campeão da primeira edição do Nacional. Por isso, ontem,
os cruzeirenses gritaram: "Ei, Galo, o Cruzeiro é campeão".
Entre esses torcedores, dois se
destacavam nos setores "vip" do
estádio. O governador de Minas
Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o
meia Alex assistiram lado a lado
ao jogo em uma tribuna e comemoraram juntos o título. O governador dava autógrafos e lembrava
seus tempos de arquibancada:
"Desde criança eu venho ao campo. Esperava muito por este dia".
Neves e a rádio Itatiaia, de Belo
Horizonte, deram um troféu simbólico para os jogadores, que só
receberão o oficial na última rodada, dia 14, na Bahia.
O público pagante no Mineirão,
73.141 torcedores, foi o recorde do
Brasileiro-2003. Até então, o jogo
com maior lotação havia sido o
clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro (0 a 1), em 12 de outubro
passado (66.812 pagantes).
Fora do estádio, a Polícia Militar
registrou um "número muito alto" de ocorrências, entre elas furtos, danos e lesões corporais.
As adaptações ao Estatuto do
Torcedor pelas quais passou o
Mineirão causaram tumultos na
entrada dos torcedores. Como o
estádio foi setorizado e os lugares
numerados, houve excesso de
gente em quatro portões.
Os jogadores e toda a comissão
técnica deixaram o estádio por
volta das 19h30 em cima de dois
caminhões do Corpo de Bombeiros em direção ao centro da capital mineira, que parou para festejar o título inédito do Cruzeiro.
Para o final da noite, estava programada uma festa restrita no hotel Ouro Minas. Por coincidência,
o Paysandu, o adversário de ontem, estava hospedado no local.
(PP E SR)
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