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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Com equipe mais jovem, time bate Ponte Preta por 2 a 1 e obtém vaga no torneio continental em 2004 após dez anos

De virada, São Paulo volta à Libertadores

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com sua formação mais jovem em campo neste Brasileiro, o São Paulo carimbou ontem sua passagem de volta à Taça Libertadores.
O time do Morumbi, com média de idade de 22,6 anos, bateu a Ponte Preta por 2 a 1, de virada, ontem, em Campinas. Chegou a 77 pontos, na terceira colocação, e assegurou matematicamente a vaga na principal competição interclubes da América.
Os são-paulinos não disputavam o torneio sul-americano desde 1994, quando foram derrotados na decisão pelo argentino Vélez Sarsfield, no Morumbi.
"Agora vamos fazer nosso trabalho com mais motivação. Esse grupo, dentro das suas limitações, foi longe demais", disse o goleiro Rogério, 30, o mais experiente são-paulino em campo ontem.
Sem duas de suas principais estrelas, Ricardinho, contundido, e Luis Fabiano, suspenso, os gols que asseguraram a classificação do São Paulo foram marcados pelos coadjuvantes Gabriel e Souza.
Já a Ponte, com o resultado, caiu para a última posição do Nacional, com 46 pontos, a duas rodadas do final do torneio.
"Faltam ainda seis pontos. Trabalhamos com dificuldade até agora e não vamos desistir", disse o técnico da Ponte, Abel Braga, sobre a ameaça de rebaixamento.
Antes da partida, o técnico Rojas decidiu não fazer as mudanças anunciadas na sexta-feira. Assim, Adriano e Carlos Alberto seguiram no time. Mas o treinador chileno sacou o lateral Fabiano e colocou Fábio Santos, de 18 anos.
Além dele, os jovens Edcarlos e Diego Tardelli, também de 18 anos, iniciaram a partida.
Em campo, o São Paulo era eficiente na defesa, mas tinha dificuldade para criar jogadas na frente. Diego Tardelli recuava para receber a bola. Além disso, contava com a ajuda dos laterais Gabriel e Fabiano. E, pelos lados, o time criou suas raras chances.
Na primeira delas, Gustavo Nery, que atuou como atacante, obrigou Lauro a fazer grande defesa após cobrança de falta.
O entendimento entre Diego e Gabriel, pelo lado direito, rendeu bons momentos ao São Paulo na partida. Aos 28min, após tabela entre os dois, Gabriel, o mais acionado do time, cruzou para Fábio Simplício, que só não marcou porque Ângelo desviou.
A Ponte só assustou Rogério no final do primeiro tempo, quando Jean chutou cruzado e Carlos Alberto tirou em cima da linha.
O saldo do primeiro tempo: apenas quatro finalizações são-paulinas, uma certa, de Gustavo Nery. "Tivemos um pouco de dificuldade porque a Ponte está bem fechada, mas vamos procurar atacar mais agora", afirmou Gustavo Nery no intervalo do jogo.
Mas a previsão do são-paulino não se confirmou. Pelo contrário. Quem partiu para o ataque foi o time da casa. Logo no primeiro minuto, Rogério fez grande defesa em chute de Lucas.
Três minutos depois, em cobrança de escanteio, Luís Carlos abriu o placar para a Ponte.
Em desvantagem, Rojas, desta vez, resolveu tirar o volante Carlos Alberto, que novamente não fez boa partida. O atacante Rico entrou na equipe. O São Paulo não demorou a empatar.
Gabriel, o melhor em campo, tabelou com Diego Tardelli e chutou cruzado, sem chance para Lauro, aos 12min: 1 a 1.
O São Paulo virou em contra-ataque. Fábio Simplício lançou Souza, que arrancou e tocou na saída de Lauro para marcar, aos 29min. A missão estava cumprida. "Agora temos mais uma batalha", disse Rogério sobre a partida de quarta-feira, no Morumbi, contra o River Plate, pelas semifinais da Copa Sul-Americana.



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