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Corinthians quer Série A com jogadores de Série B
Grupo que tenta escapar do descenso é recheado de atletas de origem periférica
Ex-atletas de Bragantino, Noroeste e Ponte Preta, que não estão na elite, são a espinha dorsal do elenco do técnico Nelsinho Baptista
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para permanecer na elite do
futebol, um elenco de segunda
linha. É assim que o Corinthians pretende se safar do descenso diante do Grêmio, amanhã, em Porto Alegre.
Endividado, o clube apostou
no bom e barato para montar o
grupo do Brasileiro. Para isso,
trouxe peças de equipes das séries B e C do Nacional.
Apenas do Bragantino, que
acaba de ascender da terceira
divisão, vieram cinco jogadores: o goleiro Felipe, o zagueiro
Zelão e o volante Moradei, titulares na gestão do técnico Nelsinho Baptista, além do zagueiro Kadu, encostado na reserva,
e do atacante Everton Santos,
que se recupera de cirurgia no
ombro esquerdo.
Destes, o único que vingou e
se transformou em unanimidade para a torcida foi Felipe,
principal responsável por conduzir a equipe até a última rodada ainda com chances de não
ser rebaixada.
Fora a turma de Bragança
Paulista, o time-base de Nelsinho -sem contar lesionados e
suspensos- tem o zagueiro Fábio Ferreira, vindo do Noroeste, time que não disputou a terceira divisão nacional em 2007
e terminou a fase de classificação do Paulista em sétimo.
O elenco ainda conta com o
ala Iran, que teve rápida passagem pelo Botafogo antes de ser
dispensado, mas que se projetou na Ponte Preta. Do time de
Campinas, que disputa a Segundona, veio também o atacante Finazzi, artilheiro corintiano no Nacional (12 gols) e
suspenso do jogo de amanhã.
Da elite, mesmo, apenas o volante Carlos Alberto, oriundo
do Figueirense, o ala Gustavo
Nery, que "visitou" o Zaragoza,
da Espanha, antes de retornar
ao Parque São Jorge, e três atletas formados na base corintiana: o zagueiro Betão e os meia-atacantes Lulinha e Dentinho.
E, se no time principal Nelsinho não possui nenhum jogador de ponta, a situação não é
diferente quando precisa recorrer ao banco de reservas.
Com exceção, mais uma vez, de
quem se formou no próprio
clube, as opções têm origem similar à dos titulares.
Para a vaga de Finazzi, ele
tem o boliviano Arce, cuja seleção é a lanterna das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010. Ou Clodoaldo, que
chegou do Criciúma, da Série B.
No meio-campo, os nomes
são Aílton, vindo do modesto
San Luis (MEX), e Héverton,
outro trazido da Ponte Preta.
Daqueles com origem mais
"nobre", o único que tem disputado vaga na equipe é o zagueiro Fábio Braz, ex-Vasco. O ala
Amaral, ex-Palmeiras, e o volante Ricardinho, ex-Cruzeiro,
vêm sendo pouco utilizados
nesta campanha alvinegra.
"O Corinthians não pode ficar fazendo experiências. É um
time que tem de trazer jogadores consagrados, para resolver", disse o zagueiro Betão.
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