São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Painel FC

@ - Ricardo Perrone

Voyeurismo

"Em todo meu tempo no Palmeiras, nunca vi jogador tomando banho. Tinha gente que adorava ver. Acabei com isso e fui prejudicado". A afirmação é de Salvador Hugo Palaia, ex-diretor de futebol do clube. Ele conta que quando estava no cargo foi procurado por atletas descontentes com a falta de privacidade. Queixavam-se dos olhares de conselheiros que entravam no vestiário quando os jogadores estavam pelados. O ex-dirigente crê que o trancar de portas foi um dos motivos dos ataques que minaram sua gestão.

Fiel da balança. O grupo de conselheiros afinados com Palaia afirma que a oposição acertou: ele irá apoiar Affonso della Monica na eleição. A ala acredita ter entre 20 e 30 votos. Aposta que o atual presidente vencerá o pleito justamente por essa diferença.

Codinome. Em conversas informais, Alberto Dualib evita pronunciar o nome de Kia Joorabchian. Refere-se ao iraniano como "o gerente".

Pastor. Jean chega ao Corinthians com uma fama nada lisonjeira. Ao levantarem informações sobre o goleiro, cartolas ouviram que na Ponte Preta ele era acusado de dividir o elenco comandando uma igrejinha.

Privilégio. Um dos motivos que levam membros do governo federal a crer em fácil vitória sobre a Colômbia pela Copa-14 é a quantidade de informações que já chegou sobre as exigências da Fifa. Os colombianos não têm alguém com a mesma influência de Ricardo Teixeira na entidade.

Albergue. Os responsáveis pelo projeto da Copa-14 apontam um ponto fraco na campanha de Belo Horizonte para ser indicada como sede da abertura ou da final: a rede hoteleira é considerada fraca.

Na gaveta. O São Paulo não repassou aos tricampeões mundiais medalhas outorgadas pelo então governador Geraldo Alckmin no dia 20 de dezembro de 2005. A homenagem foi determinada por meio de um decreto.

Agenda. Juvenal Juvêncio diz que não entregou as medalhas porque queria organizar uma solenidade. Mas não encontrou uma data.

Conspiração. Nivaldo Baldo, agente de Amoroso, ficou irritado ao descobrir a história. Chegou a desconfiar que só o seu cliente não havia recebido a homenagem. Isso porque o atacante cobra o bicho do Mundial na Justiça.

Caso antigo. Da dívida que a família de Marcelo Teixeira tinha com o Santos, uma parte não foi paga. Dinheiro que Milton Teixeira, pai do atual presidente, investiu no goleiro Rodolfo Rodrigues, nos anos 80. Não há registros na contabilidade do clube. E o cartola não cobra o débito.

Aperto. A entrega de medalhas de participação na São Silvestre gerou empurra-empurra na Paulista. O portão do local era estreito demais para a quantidade de gente.


Colaborou ADALBERTO LEISTER FILHO, da Reportagem Local

Dividida

"O Amoroso precisa melhorar o futebol dele em vez de cobrar medalha. Não tenho pressa, no dia que eu quiser eu entrego"
De JUVENAL JUVÊNCIO, presidente do São Paulo, sobre o procurador de Amoroso cobrar medalha concedida pelo governo paulista


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