São Paulo, quarta-feira, 02 de janeiro de 2008

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sonho dourado

Mundiais fazem Brasil projetar Jogos históricos

Levantamento da Folha aponta país em 12º no quadro de medalhas em Pequim

Considerando-se resultados obtidos nas competições de 2006 e 2007, país evoluirá em relação à Olimpíada de Atenas, quando foi o 16º

ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil poderá ocupar a melhor posição de sua história no quadro de medalhas olímpico nos Jogos de Pequim, que começam em 8 de agosto.
Isso é o que mostra projeção feita pela Folha a partir de resultados do último Mundial de cada modalidade olímpica, eventos que ocorreram nos últimos dois anos. A delegação nacional ficaria com a 12ª colocação, com um total de 15 medalhas (7 ouros, 3 pratas e 5 bronzes). Até hoje, a melhor classificação da história olímpica do país foi o 15º lugar nos Jogos de Antuérpia, em 1920.
Tal desempenho, se confirmado em Pequim, representaria considerável crescimento técnico em relação a Atenas-04, quando a delegação foi dez vezes ao pódio (5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes), em sete modalidades, e foi 16º colocado.
Na projeção para este ano, os atletas brasileiros levariam medalhas em oito esportes: atletismo, futebol, ginástica, judô, taekwondo, vela, vôlei e vôlei de praia. E as estrelas que trariam um número recorde de ouros: o ginasta Diego Hypólito, os judocas João Derly, Thiago Camilo e Luciano Corrêa, os velejadores Robert Scheidt, Bruno Prada e Ricardo Winick e o time masculino de vôlei, com título defendido.
Se fossem contados só o total de pódios, a equipe nacional cairia para a 18ª posição, sendo superada por dois rivais americanos -Canadá e Cuba-, além, claro, dos EUA, que liderariam, com certa folga, a classificação.
O Comitê Olímpico Brasileiro, que deve contar com uma verba de R$ 27 milhões proveniente da lei de incentivo fiscal para a preparação da equipe, se exime de fazer previsão sobre conquista de medalhas.
"O objetivo do COB é sempre evoluir em relação aos Jogos anteriores", afirmou o comitê por e-mail enviado pela sua assessoria de imprensa.
O Comitê Olímpico Italiano (Coni), que regularmente faz levantamentos similares, confirmou em sua última projeção o Brasil na 12ª posição no quadro de medalhas - 7 ouros, 3 pratas e 3 bronzes.
A distorção em relação ao número de bronzes ocorre devido ao taekwondo. Ao contrário da Folha, o Coni não conta as medalhas de Natália Falavigna e Marcel Wenceslau no Mundial do último ano.
Isso ocorre porque, no Mundial, os atletas são divididos em oito categorias de peso. Já na Olimpíada, em quatro. Cada categoria olímpica compreende pesos de duas categorias do Mundial. Diante da impossibilidade de selecionar uma categoria, em detrimento de outra, a reportagem optou por considerar todas as medalhas.
O mesmo ocorre com a luta livre feminina, que é dividida em quatro categorias olímpicas. No Mundial são sete.
O tênis também apresenta uma especificidade que pode gerar pequenas distorções. Como a modalidade não possui um torneio com status de Mundial, foi considerado o resultado dos Masters de Xangai (masculino) e de Madri (feminino), que reúnem, ao fim da temporada, os oito melhores tenistas de cada gênero no ranking da Corrida dos Campeões.
Já no torneio de duplas, os medalhistas, na maior parte das vezes, eram de nações diferentes. Nesse caso, foi somado uma medalha para cada país.


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