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sonho dourado
Mundiais fazem Brasil projetar Jogos históricos
Levantamento da Folha aponta país em 12º no quadro de medalhas em Pequim
Considerando-se resultados obtidos nas competições de 2006 e 2007, país evoluirá em relação à Olimpíada de Atenas, quando foi o 16º
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil poderá ocupar a melhor posição de sua história no
quadro de medalhas olímpico
nos Jogos de Pequim, que começam em 8 de agosto.
Isso é o que mostra projeção
feita pela Folha a partir de resultados do último Mundial de
cada modalidade olímpica,
eventos que ocorreram nos últimos dois anos. A delegação
nacional ficaria com a 12ª colocação, com um total de 15 medalhas (7 ouros, 3 pratas e 5
bronzes). Até hoje, a melhor
classificação da história olímpica do país foi o 15º lugar nos
Jogos de Antuérpia, em 1920.
Tal desempenho, se confirmado em Pequim, representaria considerável crescimento
técnico em relação a Atenas-04, quando a delegação foi dez
vezes ao pódio (5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes), em sete modalidades, e foi 16º colocado.
Na projeção para este ano, os
atletas brasileiros levariam
medalhas em oito esportes:
atletismo, futebol, ginástica,
judô, taekwondo, vela, vôlei e
vôlei de praia. E as estrelas que
trariam um número recorde de
ouros: o ginasta Diego Hypólito, os judocas João Derly, Thiago Camilo e Luciano Corrêa, os
velejadores Robert Scheidt,
Bruno Prada e Ricardo Winick
e o time masculino de vôlei,
com título defendido.
Se fossem contados só o total
de pódios, a equipe nacional
cairia para a 18ª posição, sendo
superada por dois rivais americanos -Canadá e Cuba-, além,
claro, dos EUA, que liderariam,
com certa folga, a classificação.
O Comitê Olímpico Brasileiro, que deve contar com uma
verba de R$ 27 milhões proveniente da lei de incentivo fiscal
para a preparação da equipe, se
exime de fazer previsão sobre
conquista de medalhas.
"O objetivo do COB é sempre
evoluir em relação aos Jogos
anteriores", afirmou o comitê
por e-mail enviado pela sua assessoria de imprensa.
O Comitê Olímpico Italiano
(Coni), que regularmente faz
levantamentos similares, confirmou em sua última projeção
o Brasil na 12ª posição no quadro de medalhas - 7 ouros, 3
pratas e 3 bronzes.
A distorção em relação ao
número de bronzes ocorre devido ao taekwondo. Ao contrário da Folha, o Coni não conta
as medalhas de Natália Falavigna e Marcel Wenceslau no
Mundial do último ano.
Isso ocorre porque, no Mundial, os atletas são divididos em
oito categorias de peso. Já na
Olimpíada, em quatro. Cada
categoria olímpica compreende pesos de duas categorias do
Mundial. Diante da impossibilidade de selecionar uma categoria, em detrimento de outra,
a reportagem optou por considerar todas as medalhas.
O mesmo ocorre com a luta
livre feminina, que é dividida
em quatro categorias olímpicas. No Mundial são sete.
O tênis também apresenta
uma especificidade que pode
gerar pequenas distorções. Como a modalidade não possui
um torneio com status de
Mundial, foi considerado o resultado dos Masters de Xangai
(masculino) e de Madri (feminino), que reúnem, ao fim da
temporada, os oito melhores
tenistas de cada gênero no ranking da Corrida dos Campeões.
Já no torneio de duplas, os
medalhistas, na maior parte
das vezes, eram de nações diferentes. Nesse caso, foi somado
uma medalha para cada país.
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