São Paulo, Quarta-feira, 02 de Fevereiro de 2000


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FUTEBOL
Luxemburgo tenta evitar que ""já ganhou"" contagie a equipe
Empolgado, Brasil pega rival Argentina em crise

do enviado a Londrina

e da Agência Folha, em Londrina

Maiores potências do futebol sul-americano, a seleção brasileira e a Argentina se enfrentam hoje à noite, no estádio do Café, em Londrina, em situações opostas no Torneio Pré-Olímpico.
Enquanto o time comandado por Wanderley Luxemburgo não esconde o entusiasmo pelo encerramento da campanha da primeira fase do campeonato, a Argentina está em crise.
No domingo, o Brasil conquistou o primeiro lugar do Grupo A ao golear a Colômbia, por 9 a 0.
Já a Argentina, que era apontada como favorita ao título, por pouco não foi eliminada. O time se classificou no saldo de gols -teve um a mais que o Peru.
""Futebol é assim. Uma semana, você está mal. No dia seguinte, acorda tudo bem. Não existe favoritismo", disse o técnico Wanderley Luxemburgo, referindo-se as críticas sofridas antes da goleada para a Colômbia, domingo.
""A Argentina tem muita tradição. Além disso, temos que esquecer o que passou. Não podemos viver da goleada. Na verdade, temos que vencer dois dos três jogos que acontecerão. A partir de agora, as chances serão iguais para todos", acrescentou o técnico da seleção brasileira.
Após a vitória contra a Colômbia, Luxemburgo tenta conter a euforia dos jogadores.
""Não podemos entrar no já ganhou. O nosso objetivo é a classificação", disse Luxemburgo.

Silêncio
Aborrecidos com as críticas da imprensa de seu país, os argentinos evitaram, mais uma vez, falar com repórteres.
O volante Aldo Duscher, único integrante da delegação a falar com os jornalistas, disse que os argentinos encaram o confronto de hoje contra o Brasil como uma partida de vida ou morte.
"É matar ou morrer, não existe mais meio-termo", afirmou.
O jogador disse que o mau momento da equipe na primeira fase se deve ao forte calor em Cascavel (oeste do PR) e à falta de treinos coletivos, "para dar conjunto".
O técnico José Pekerman se desculpou por não conceder entrevistas alegando que, se falasse com a imprensa estrangeira, "teria que falar com a da Argentina".
Pekerman não quis comentar o que espera do jogo com o Brasil. "No fim do jogo podemos falar o que aconteceu", ironizou.
O meia Scaloni, que prometia vencer todos os adversários nesta fase, recuou nas provocações. O jogador não quis comentar a reação dos brasileiros às suas provocações. "Não posso falar agora, é uma decisão da direção", disse.
Pekerman fez mistério também sobre a equipe que enfrenta o Brasil. Além da indefinição provocada pelas atuações ruins na primeira fase, Pekerman sofre também com problemas médicos entre seus principais jogadores.
O meia Riquelme, com uma torção no tornozelo, e o atacante Biagini, com inflamação no púbis, são os que mais preocupam. Desfalques certos são Markic e Placente, expulsos contra o Uruguai.
Ontem Pekerman comandou um treino secreto no campo do PSTC (equipe amadora de Londrina), após reconhecimento do gramado do Estádio do Café.
A Agência Folha apurou que a maior surpresa que Pekerman prepara pode ser a mudança no esquema tático do time, que atuou na primeira fase no 3-5-2. (SÉRGIO RANGEL e JOSÉ MASCHIO) NA TV - Bandeirantes, Globo e Sportv, ao vivo, às 21h40

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