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TÊNIS
Chuva impede Brasil e França de usarem sede dos jogos
Rivais da Davis viajam 95 km procurando quadra para treino
ALEXANDRE GIMENEZ
enviado especial a Itajaí
Pé na estrada. Foi dessa maneira
que os tenistas brasileiros e franceses, que irão se enfrentar pela
primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis, iniciaram ontem um dos últimos treinos para
o confronto, que começa na sexta-feira, numa quadra montada
no campus da Universidade Federal de Santa Catarina.
Com as fortes chuvas em Florianópolis -que provocaram inundações e queda de algumas barreiras na cidade-, os treinos de
ontem precisaram ser transferidos para Itajaí, cidade que fica 95
km ao norte da sede da Davis.
Enquanto os franceses viajaram
para Itajaí num ônibus fretado, os
brasileiros preferiram usar três
caminhonetes e um carro cedido
pela organização do evento. Ricardo Acioly, técnico da equipe
brasileira, por exemplo, foi o motorista de um dos automóveis.
"Cuidado com o Nakajima",
disse o tenista Fernando Meligeni
ao seu treinador antes do retorno
para Florianópolis, referindo-se
ao piloto japonês de carreira pouco brilhante na Fórmula 1.
Como a chuva que começou a
cair em Florianópolis no início da
madrugada, os brasileiros tentaram treinar na manhã de ontem
nas quadras cobertas de uma academia que fica a 3 km do campus
da Universidade Federal. Porém
não conseguiram agendar o horário desejado -10h.
Já os franceses, que tinham conseguido reservar uma quadra na
mesma academia às 12h, não conseguiram chegar ao local por causa do alagamento das ruas próximas do complexo esportivo.
"Essa viagem não causa nenhum problema na preparação
da equipe. Teríamos alguma desvantagem se os franceses tivessem conseguido treinar na quadra do confronto, mas isso não
ocorreu", afirmou Acioly.
A meteorologia prevê que hoje
ainda ocorram mais chuvas em
Florianópolis. Entre amanhã e
domingo, a previsão é de tempo
nublado, mas sem chuva.
Caso a previsão acabe falhando,
o regulamento da Davis prevê que
os jogos finais possam ser disputados ainda na segunda-feira.
Neste caso, não existe a necessidade da disputa de todos as cinco
partidas -ganha o time que alcançar primeiro três vitórias.
Para Acioly, a restrição dos horários de treinamento por causa
das condições climáticas de Santa
Catarina acaba tendo um fator
positivo. "Eles (os tenistas) sabem
que precisam se concentrar mais,
já que estamos tendo apenas um
período de treinamento. Por isso,
estamos tendo treinos muito
aguerridos", afirmou.
Segundo Fernando Meligeni, os
treinos intensos são importantes
para que ele e Gustavo Kuerten
-os principais jogadores brasileiros- possam adquirir ritmo.
Tanto Meligeni como Kuerten
realizaram apenas dois jogos oficiais no ano -foram eliminados
nas primeiras rodadas do Torneio
de Sydney e do Aberto da Austrália. "Não dá para chamar a seleção
de Honduras para fazer um amistoso. É por isso que os nossos treinamentos estão tão intensos, sabemos que é aí que iremos pegar
o ritmo do jogo", completou o tenista brasileiro.
Para Kuerten, o problema com
a chuva não está prejudicando a
preparação do time.
"Já estamos no clima da competição e muito bem preparados.
Temos treinado bastante vamos
atingir os nosso pico de trabalho
amanhã (hoje). Depois, é diminuir o ritmo para poupar energia
para os jogos de sexta," afirmou
Kuerten.
"Fizemos bons testes aqui e todos estão tranquilos em relação
ao trabalho que temos feito nesses
dias", completou.
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