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Viajado, Palmeiras prova Nacional em giro interiorano
Com estádio em obras, equipe encara longas viagens e faz
comparação com a rotina de deslocamentos no Brasileiro
Depois do jogo de hoje com
o Noroeste, em Bauru, time,
que ainda não atuou no
Parque Antarctica, manda
dois duelos em Rio Preto
Fernando Pilatos/Gazeta Press
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Diego Cavalieri, goleiro do Palmeiras, treina saída de gol |
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasileiro tem início no dia
10 de maio, mas para o Palmeiras parece ter começado em janeiro, graças à maratona de viagens que a equipe vem tendo no
Paulista. Com seu estádio em
reformas, o time já é o campeão
antecipado de quilometragem.
Tudo bem que, para os municípios mais distantes, o clube
tem fretado vôos. É o caso, por
exemplo, do jogo de hoje diante
do Noroeste, às 18h, em Bauru,
a 343 km de São Paulo.
Por atraso na conclusão das
obras, mais a decisão da diretoria em levar alguns jogos para
cidades do interior ainda mais
distantes, o Palmeiras rodará
cerca de 2.350 km, contadas
apenas as viagens de ida.
Para se ter uma idéia, o São
Paulo deve rodar 1.450 km, e o
Corinthians, 1.420 km.
"Jogar fora está tendo a dimensão de um Brasileiro. Mesmo dentro do Estado, tem lugares que são mais distantes do
que praças como Rio de Janeiro
ou Paraná, por exemplo", disse
o diretor de futebol do clube
Genaro Marino.
Pegue-se o caso do jogo contra o Marília, a 444 km da capital, no último dia 23. Se enfrentasse algum clube do Rio, o Palmeiras rodaria 15 km a menos.
Assim, o que era para ser apenas um tour caipira, ganhou
contornos de maratona.
"Estamos achando que em
alguns aspectos, como locomoção dos atletas e condições dos
gramados, não tem sido bom
jogar fora do Parque Antarctica. Para os nossos jogadores há
sempre o sentimento de estar
atuando fora de casa. Influenciou um pouco no astral deles",
comentou Marino.
A impossibilidade de atuar
na capital tirou, também, a vantagem do Palmeiras de jogar
mais em casa. Pela tabela, o clube faria dez partidas dentro, e
nove fora. Como os dois próximos duelos do time como mandante -contra Guaratinguetá e
Guarani- ainda serão longe do
Parque, o time contabilizará na
fase de classificação só cinco
confrontos diante de sua torcida, e 14 longe dela.
Além da Arena Barueri (32
km da capital), usada duas vezes, a equipe já utilizou o Barão
de Serra Negra, em Piracicaba
(162 km), e levará seus dois próximos jogos a São José do Rio
Preto (440 km).
"Quando se tenta mudar para
melhor, tem-se um custo", afirmou o técnico Vanderlei Luxemburgo, a respeito do que o
clube pode perder ao reformar
seu estádio durante o andamento do campeonato.
Não que a vida de cigano esteja sendo usada pelo grupo como desculpa pela sexta colocação na tabela, com oito pontos.
"É claro que jogar em seu estádio é melhor. Mas temos que
buscar a vitória sempre que entrarmos em campo", falou o goleiro Diego Cavalieri.
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