São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

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Viajado, Palmeiras prova Nacional em giro interiorano

Com estádio em obras, equipe encara longas viagens e faz comparação com a rotina de deslocamentos no Brasileiro

Depois do jogo de hoje com o Noroeste, em Bauru, time, que ainda não atuou no Parque Antarctica, manda dois duelos em Rio Preto


Fernando Pilatos/Gazeta Press
Diego Cavalieri, goleiro do Palmeiras, treina saída de gol


RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasileiro tem início no dia 10 de maio, mas para o Palmeiras parece ter começado em janeiro, graças à maratona de viagens que a equipe vem tendo no Paulista. Com seu estádio em reformas, o time já é o campeão antecipado de quilometragem.
Tudo bem que, para os municípios mais distantes, o clube tem fretado vôos. É o caso, por exemplo, do jogo de hoje diante do Noroeste, às 18h, em Bauru, a 343 km de São Paulo.
Por atraso na conclusão das obras, mais a decisão da diretoria em levar alguns jogos para cidades do interior ainda mais distantes, o Palmeiras rodará cerca de 2.350 km, contadas apenas as viagens de ida.
Para se ter uma idéia, o São Paulo deve rodar 1.450 km, e o Corinthians, 1.420 km.
"Jogar fora está tendo a dimensão de um Brasileiro. Mesmo dentro do Estado, tem lugares que são mais distantes do que praças como Rio de Janeiro ou Paraná, por exemplo", disse o diretor de futebol do clube Genaro Marino.
Pegue-se o caso do jogo contra o Marília, a 444 km da capital, no último dia 23. Se enfrentasse algum clube do Rio, o Palmeiras rodaria 15 km a menos. Assim, o que era para ser apenas um tour caipira, ganhou contornos de maratona.
"Estamos achando que em alguns aspectos, como locomoção dos atletas e condições dos gramados, não tem sido bom jogar fora do Parque Antarctica. Para os nossos jogadores há sempre o sentimento de estar atuando fora de casa. Influenciou um pouco no astral deles", comentou Marino.
A impossibilidade de atuar na capital tirou, também, a vantagem do Palmeiras de jogar mais em casa. Pela tabela, o clube faria dez partidas dentro, e nove fora. Como os dois próximos duelos do time como mandante -contra Guaratinguetá e Guarani- ainda serão longe do Parque, o time contabilizará na fase de classificação só cinco confrontos diante de sua torcida, e 14 longe dela.
Além da Arena Barueri (32 km da capital), usada duas vezes, a equipe já utilizou o Barão de Serra Negra, em Piracicaba (162 km), e levará seus dois próximos jogos a São José do Rio Preto (440 km).
"Quando se tenta mudar para melhor, tem-se um custo", afirmou o técnico Vanderlei Luxemburgo, a respeito do que o clube pode perder ao reformar seu estádio durante o andamento do campeonato.
Não que a vida de cigano esteja sendo usada pelo grupo como desculpa pela sexta colocação na tabela, com oito pontos.
"É claro que jogar em seu estádio é melhor. Mas temos que buscar a vitória sempre que entrarmos em campo", falou o goleiro Diego Cavalieri.


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