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Kaká e troféu da Fifa se tornam porta de entrada para fiéis na Renascer
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
A igreja Renascer espera
que a exposição do troféu de
melhor jogador do mundo da
Fifa de Kaká, aberta ao público ontem, em sua sede, no
Cambuci, em São Paulo, aumente seu rebanho de fiéis.
Por causa dos dízimos à
igreja, que geraram suspeita
de lavagem de dinheiro, o
meia-atacante do Milan foi
chamado a prestar esclarecimentos pelas autoridades.
""Vai ter muita gente da
congregação que virá ver o
troféu, mas virá também
gente que não freqüenta a
igreja que pode se interessar
em assistir a nosso culto", argumentou Estevam Sena,
39, pastor da Renascer.
""Nas sextas, aparecem
umas 600 pessoas em um
culto normal. Mas acho que
a exposição trará muita gente que não é da igreja. Deve
aumentar a presença no culto", disse Manoel Augusto
Lemos, 45, oficial da igreja.
A julgar pelas cerca de
4.000 cadeiras preparadas,
todas com um envelope para
dízimo sobre elas, o otimismo na Renascer é grande.
O troféu repousa em uma
instalação na entrada da
igreja, sobre grama artificial,
cercada por fotografias de
períodos da carreira do brasileiro, e um telão que repete
testemunho no qual Kaká
diz que o título de melhor jogador do mundo foi ""a vitória de um povo apostólico".
O clipe destaca ainda os
fundadores da Renascer, Estevam e Sônia Hernandes.
""Não gosto de futebol, mas
esses prêmios do Kaká foram uma vitória para nosso
povo. Falam que os evangélicos não têm educação ou cultura. Mas o melhor jogador
do mundo é cristão", afirma
o músico Eduardo Costa, 32,
fiel da Renascer que ontem
prestigiava a exposição.
Entre as 11h e as 13h, a exposição atraiu cerca de 25 visitantes, a maioria de evangélicos. Um deles, Luiz Flavio Vieira Juriti, 35, apontou
que a intimação a Kaká é
perseguição. ""É hábito contra os evangélicos. Fazem isso desde a Inquisição." ""É,
aprendi isso na semana passada", concordou, empolgado, Enos de Barros Cruz, 12.
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