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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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PAINEL FC

Em suaves prestações
A quatro rodadas do fim do Paulista, os clubes grandes ainda não viram a cor de 75% da cota a que têm direito pelo Estadual. Só receberam R$ 500 mil dos R$ 2 milhões acordados. Aos dirigentes dos clubes, que começam a chiar, a direção da Federação Paulista tem dito que a culpa é da confusão envolvendo os direitos de transmissão.

Conta-gotas
A Globo está depositando em juízo os R$ 12 milhões que aceitou pagar à FPF pela competição. Do SBT, já caíram nos cofres da FPF R$ 6 mi. Faltam outros R$ 6 mi, que vencem no fim de março e de abril.

Boca no mundo
O São Paulo puxa a lista dos descontentes. Marcelo Portugal Gouvêa diz que é difícil continuar tocando o futebol sem saber quando vai receber o dinheiro. O Corinthians vai na mesma linha. Mas ainda não está fazendo pressão sobre a FPF.

Estilingue
A oposição no São Paulo não pára de bombardear Gouvêa. Reclama do fato de o dirigente ter dito que tem R$ 1,2 milhão em caixa para construir a nova sede social. Opositores dizem não entender por que, se tem dinheiro em caixa, o clube atrasa o direito de imagem dos atletas.

Novos tempos
Júlio Casares, executivo do SBT, fez troça com o fato de a Globo ter anunciado que transmitirá Corinthians x Palmeiras às 21h. "Por causa da gente, o futebol chegou ao horário nobre nas duas maiores TVs do país."

Rotina
Porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez diz que a entidade não tem medo de reconhecer seus erros. Para ele, "equívocos" como os do ranking que deram a Fla e Cruzeiro vaga na Sul-Americana são normais. Como exemplo, afirma que o primeiro livro da entidade sobre futebol teve 2.800 erros.

Hora extra
Sete contadores contratados pelo Ministério do Esporte passam o Carnaval trabalhando em Brasília. Vão estudar como padronizar as regras para os balanços que os clubes são obrigados a publicar a cada ano.

É patrimônio ou não?
Os contadores encontraram uma série de equívocos e falhas de padronização nos balanços de 2001 e 2002 publicados pelos clubes em dezembro passado e em fevereiro. Entre eles, a falta de critérios definidos para classificar quanto valem os jogadores que estão sob contrato.

Manual
Outra missão dos contadores é elaborar um manual que deve ficar pronto no fim do mês, depois, portanto, de a MP79, que obriga a publicação de balanços, ser votada na Câmara Federal -a previsão é 11 de março.

Nova era
Classificada para as semifinais do Estadual, a Portuguesa Santista negocia um reajuste no contrato de patrocínio que firmou com um banco português. Pelo acordo inicial, o clube receberia R$ 20 mil em duas parcelas pelo Paulista -só que não imaginava que fosse tão longe e chegasse tão perto da decisão.

Ressaca
Um grupo de torcedores do Fluminense ficou irritado com a forma como Eduardo Viana, presidente da Federação do Rio, caçoou dos tricolores no empate do time com o Americano, a equipe de Caixa D'Água. Irá fazer um protesto diante da sede da federação bem na Quarta-Feira de Cinzas.

No vermelho
Não é apenas o Flamengo que anda pagando para jogar no Estadual. Entre os grandes do futebol brasileiro, a reclamação é geral. O Cruzeiro, por exemplo, diz que terá um déficit de pelo menos R$ 4 milhões no semestre.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do vascaíno Eurico Miranda, sobre o fato de Santos e Grêmio terem conquistado no Brasileiro-2002 vagas para a Libertadores e para a Sul-Americana:
- No Brasil, um só torneio classifica um time para duas competições. Isso não existe.

CONTRA-ATAQUE

No jogo do bicho não tem preguiça

Hoje, com as granadas e as rajadas de metralhadora dos traficantes, parece até romântica a antiga truculência dos bicheiros, patronos de escolas de sambas e clubes do subúrbio carioca.
No bairro de Bangu, atualmente famoso por seu presídio, imperava Castor de Andrade. Quando foi presidente do clube de mesmo nome, imprimiu um método pessoal com os atletas.
Num treino, o bicheiro viu o lateral Marco Antônio sentado, enquanto os outros suavam no campo, e se aproximou:
- Não vai treinar não?
- Estou machucado. Nem consigo andar, respondeu.
Desconfiado, Castor puxou o revólver da cintura e atirou para o chão, perto da perna do lateral, que saiu dando pinote.
Com os outros jogadores às gargalhadas, o bicheiro gritava:
- Não pode andar, safado?


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