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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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AUTOMOBILISMO

Com pilotos e times que abandonaram a maior concorrente, categoria abre sua temporada mais estrelada

"Verdadeira Indy", IRL dá a partida hoje

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A HOMESTEAD

Em 1996 eram apenas cinco etapas, todas nos EUA, e 20 pilotos, nenhum com projeção no cenário internacional. Hoje, sete anos depois, a IRL (Indy Racing League) inaugura sua temporada mais internacional e estrelada.
As 300 Milhas de Miami, que acontecem a partir das 15h (de Brasília), dão a largada para uma verdadeira revolução na categoria. Serão novas equipes, novos circuitos, novos pilotos, novos fornecedores, novos países.
E, para garantir o sucesso, a IRL apostou numa fórmula que tem dado certo. Manteve a "competitividade" que sempre pregou -diminuiu e estabeleceu um teto para a potência de seus motores, por exemplo- e "importou" uma série de coisas da rival Indy, que enfrenta sua maior crise.
Para se ter uma idéia da dimensão da mudança, basta comparar os pilotos inscritos para esta primeira etapa do campeonato -serão 16 corridas no total- com os da primeira temporada.
Desapareceram nomes como Mike Groff e Dave Kudrave e hoje aparecem Hélio Castro Neves, Gil de Ferran, Michael Andretti e Dario Franchitti, entre outros.
Entre as equipes, saíram as desconhecidas Blue Print e Glidden para dar lugar a Penske, Ganassi, Andretti-Green e Rahal -essas três últimas fazem sua estréia hoje. No grid de largada em Miami, por exemplo, metade dos times vieram da Indy nos últimos anos.
Chegaram também as gigantes Honda e Toyota, que prometem equilibrar a disputa pelo título deste ano e acabar com a hegemonia dos motores da Chevrolet, que fez o campeão do ano passado -o americano Sam Hornish Jr., da Panther, que tenta o tri.
A primeira vai equipar, entre outras, a Andretti-Green, e a segunda, a Penske e a Mo Nunn.
Conhecida por ser uma categoria tipicamente americana, a IRL, que só corre em ovais, escolheu o Japão para receber sua primeira corrida fora dos EUA. A prova, dia 13 de abril, será em Motegi, pista de propriedade da Honda.
E as novidades não param por aí. Pequenas coisas revelam a mudança de status da IRL. As acomodações para convidados -os "hospitality centers"- aparecem cada vez em maior número no paddock, assim como os locais para a imprensa, que ganhou mais espaço -a corrida de hoje só perde para as 500 Milhas de Indianápolis em número de jornalistas credenciados.
Até para os pilotos essas mudanças ficaram bem evidentes. "Quando cheguei aqui na quinta-feira fiquei surpreso com a quantidade de gente e de caminhões que tinha no paddock. A diferença foi notável", disse Felipe Giaffone, o brasileiro que está há mais tempo na categoria.
"A IRL se transformou no que era a Indy há uns dois anos", resumiu o piloto da Mo Nunn.
Agora, é esperar para ver.


A jornalista Tatiana Cunha viaja a convite de Hélio Castro Neves, Gil de Ferran, Tony Kanaan e Felipe Giaffone

NA TV - 300 Milhas de Miami, ao vivo, às 15h, na Sportv


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