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São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2003

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VÔLEI

Parceria com Guarulhos termina no fim do mês, e clube quer cortar gastos

Palmeiras deve deixar as quadras

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe de vôlei do Palmeiras corre o risco não entrar em quadra na próxima temporada.
A parceria com a Prefeitura de Guarulhos termina no fim de abril e, segundo a Folha apurou, se não conseguir patrocinadores que diminuam grande parte de seus custos, a diretoria palmeirense quer fechar o time.
No ano passado, o Palmeiras gastou cerca de R$ 900 mil com a equipe. O investimento levou os palmeirenses ao vice-campeonato do Paulista masculino -já havia voltado à final em 2001 após oito anos de jejum. Na Superliga deste ano, o time, que foi sétimo colocado na primeira fase, caiu nas quartas-de-final diante da finalista Ulbra por 2 jogos a 1.
Oficialmente, o clube do Parque Antarctica afirma ter interesse em manter a parceria com Guarulhos, que já dura dois anos, e a equipe. Mas isso só seria possível se os gastos do Palmeiras fossem praticamente zerados.
Já Guarulhos, ao mesmo tempo em que afirma querer continuar com o atual acordo, estreita laços com outro clube de camisa. A prefeitura encerrou a parceria que mantinha com o Palmeiras lhe rendeu o título da Liga Nacional feminina de handebol do ano passado, e fechou com o São Paulo.
Com o clube do Morumbi, Guarulhos também continuará investindo no basquete feminino -é o atual campeão nacional e contava com Janeth- e montará equipes de boxe e ginástica artística.
Com o Palmeiras, além do vôlei, a cidade já mantém parceria no atletismo e negocia no judô.
Cientes do momento delicado que enfrentam, alguns jogadores do Palmeiras decidiram procurar patrocínio para ajudar o time.
É o caso de Talmo, campeão olímpico em nos Jogos de Barcelona-1992. "Não temos posição oficial, mas sabemos que é difícil continuar sem uma nova parceria. Estou indo atrás de patrocínio, apresentei projetos para várias empresas. São mais de 20 famílias envolvidas, é uma situação difícil para todos", disse o levantador, que saiu da Superliga como o terceiro melhor em sua posição (34,39% de aproveitamento).
O líbero Hernani também já contatou algumas empresas.
"Estamos apreensivos. É um momento delicado. Infelizmente, hoje em dia, os jogadores de vôlei passam sempre por essa situação de não saber se renovam contrato, se o time continua...", afirmou.


Colaborou Fernando Mello, do Painel FC


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