da Reportagem Local

A polêmica sobre a legalidade ou não do uso da creatina surgiu há dois anos, quando os jogadores do futebol italiano foram acusados de doping pelo uso da substância.
Na época, Zdenek Zeman, então técnico da Roma, disse que os atacantes Del Piero e Vialli estariam fortes por estarem tomando altas doses do produto.
A partir das afirmações, muitos atletas foram submetidos à exame antidoping, mas não houve punições.
Segundo a especialista em fisiologia Marina Camargo Brusci, apesar de anabolizante, a substância também é produzida pelo organismo, o que dificulta a caracterização de doping.
Apesar da polêmica, o COI estabeleceu em dezembro de 1998 que a creatina não seria incorporada à lista das substâncias proibidas pela entidade.
Apesar de liberada pelo COI, a creatina não está livre dos efeitos colaterais e das restrições.
O mais conhecido efeito colateral é a retenção de água no organismo, fato que, segundo o endocrinologista André Resek, pode estar ligado ao aumento da massa muscular.
No que diz respeito às restrições, a creatina não pode ser combinada com a cafeína, presente no café, na fruta guaraná e em refrigerantes, que inviabiliza os efeitos por meio de uma reação bioquímica. (MR)

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