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O Datafolha no Brasileiro
Egoísta, São Paulo vê produção despencar
Clube troca futebol solidário por estilo fominha
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo campeão brasileiro de 2006 era um time solidário. O São Paulo que vai mal
em 2007, com o mesmo Muricy
Ramalho, é egoísta.
Isso aparece de forma cristalina nos números do Datafolha.
Quando teve sucesso, o time do
Morumbi, então com Mineiro
como pilar, era o terceiro que
mais trocava passes -média de
308 por partida. Agora, com o
individualista Dagoberto como
estrela, é o segundo pior no
fundamento -são apenas 233
passes por jogo.
Quando estão perto do gol
dos adversários, os atacantes
são-paulinos parecem fechar
os olhos para os companheiros.
O time é simplesmente o pior
nas assistências da competição,
com apenas uma por confronto. No ano passado, foi o quarto
mais eficiente, com 3,2.
A média de cruzamentos do
São Paulo caiu 10%. O número
de bolas perdidas cresceu -e
equipe é a terceira que mais
desperdiça bolas dominadas.
O estilo fominha tem reflexos claros na criação de jogadas, o que explica a pífia média
de 0,67 gol por confronto.
Antes líder em finalizações
(mais de 16 por jogo), o São
Paulo é em 2007 apenas o 14º
nesse ranking (12,7).
A qualidade das conclusões,
então, virou uma piada. A pontaria são-paulina de 21% só é
pior do que a do lanterna Internacional. O tombo, em relação
ao campeonato do ano passado,
é de 15 pontos percentuais.
Jogando dessa forma, o São
Paulo começa esta rodada em
um modesto nono lugar.
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