São Paulo, terça, 2 de junho de 1998

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OUTRO LADO
Empresa diz discutir

do enviado especial a Paris

A CBF não se pronunciou ontem sobre a decisão do comitê executivo da Fifa de apurar a "crescente interferência" da Nike na administração do futebol brasileiro.
Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e Marco Antônio Teixeira, secretário-geral da entidade, que estavam ontem no Rio, não falaram sobre o assunto.
A Folha também procurou, mas não conseguiu ouvir, ontem representantes da Nike para comentar a medida da Fifa.
A assessoria da empresa no Rio de Janeiro informou que o diretor de marketing internacional no Brasil, Cees Van Niuewenhuize está em Paris e seria o único que poderia falar sobre o tema.
Contudo ele passou a tarde de ontem fora do hotel onde está hospedado na capital francesa.
Segundo a assessoria, a CBF fornece as possíveis datas e discute com a Nike sobre a conveniência do adversário e do local da partida amistosa.
Para a marcação de partidas não haveria nenhuma imposição da Nike.
Segundo acordo, a Nike tem direito de organizar em média cinco amistosos da seleção brasileira por ano, durante os dez anos de vigência do contrato de patrocínio.
A Nike prevê gastar nesse período cerca de US$ 400 milhões em promoção, sendo que a CBF receberá US$ 220 milhões no período.
Trata-se do mais caro acordo do gênero no mundo.
Em Paris, os jogadores da seleção vão inaugurar na próxima quinta o pavilhão da Nike na Copa. A empresa, que patrocina particularmente a maioria dos jogadores da seleção, também está lançando a grife R9 (R de Ronaldinho e 9 do número da camisa do atacante).
A Nike já negou várias vezes qualquer interferência no trabalho da seleção brasileiro e na convocação de jogadores. (HuSa)



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