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Área irregular abriga festa
da Reportagem Local
A Mancha Verde, principal
torcida do Palmeiras, extinta
pela Justiça em 1996, preparou
para hoje uma festa em quadra
da prefeitura na Barra Funda
(zona noroeste de São Paulo),
que ela ocupa de maneira irregular há mais de um ano.
A organizada está distribuindo panfletos e convocando associados para que assistam ao
jogo contra o Deportivo Cali
em um telão montado na quadra, que serve de ponto de encontro dos torcedores.
De acordo com a Mancha,
quem for ver o jogo da quadra
não precisará pagar entrada,
mas apenas o que consumir.
Com produtos da torcida, bebidas alcoólicas e sanduíches, a
organizada pretende faturar R$
20 por pessoa das mil que são
esperadas por ela, embora não
seja proprietária do terreno.
Em abril, a Folha relatou que
a área de 3.500 metros quadrados ocupada pela Mancha havia sido ocupada sem autorização da Prefeitura de São Paulo.
Ainda em abril, a Administração Regional da Lapa lavrou
auto de intimação para a desocupação da área. "Constatamos que, de fato, a área municipal estava sendo ocupada
sem qualquer tipo de autorização, ainda que precária", disse
o administrador Edson Penas.
A Mancha, porém, alega que
desde dezembro de 1998
-quatro meses após ter iniciado as obras na quadra- tem
pedido à Secretaria de Negócios Jurídicos que regularize a
ocupação do espaço na avenida
Dr. Abrahão Ribeiro. Um de
seus argumentos é que irá realizar obras sociais no local, com
projeto de construir, no futuro,
uma creche e uma sala de aula
para alfabetização de crianças
da região.
De acordo com a Administração Regional da Lapa, a área
tem sido mantida sob vigilância, e os serviços que estavam
sendo feitos estão paralisados.
Mas a Mancha não confirma
a informação. A organizada reconhece que não só continua
usando o espaço para fins comerciais -como será o caso de
hoje à noite, por ocasião de Deportivo Cali e Palmeiras-, como tem continuado as obras.
"Encaminhamos o caso para
o secretário (Domingos Dissei,
das Administrações Regionais)
e vamos aguardar uma resposta", disse Edson Penas.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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