São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002 |
Próximo Texto | Índice
Dia do fico
Eles chegam hoje com a taça. O Brasil de Scolari, pentacampeão mundial, desembarca pela manhã em Brasília e a pergunta a ser respondida é se o grupo continuará sendo o Brasil de Scolari. Sem uma proposta de peso de clubes europeus e seduzido pelo sonho do inédito ouro olímpico, Luiz Felipe Scolari receberá as homenagens do Planalto propenso a continuar como técnico da seleção. A proposta da CBF já foi feita e atende sua principal reivindicação, o comando de todas as categorias de base. Scolari, que planejara definir seu futuro até o fim desta semana, decidiu estender o prazo até o final da próxima. O treinador gaúcho não conta apenas com apreço da confederação. A melhor campanha de uma seleção brasileira desde o mítico tricampeonato de 1970 fez explodir sua popularidade. Segundo pesquisa Datafolha realizada em São Paulo logo após a decisão, 90% defendem a permanência do técnico -em fevereiro, apenas 33% aprovavam seu trabalho. O penta pode fazer com que Ricardo Teixeira também permaneça à frente da CBF. O dirigente, que após ser alvo de duas CPIs no Congresso prometera deixar o cargo ao final do atual mandato, em 2003, pode rever sua posição. Ainda no Japão, partidários do dirigente lançaram campanha extra-oficial pela reeleição, que colocaria Teixeira em mais uma Copa, a de 2006, na Alemanha. Devassado por duas CPIs, instado a renunciar pelo governo, pressionado por clubes e federações, o cartola idealizou uma participação mais efetiva na campanha asiática na tentativa de fechar com chave de ouro sua administração. O penta, no entanto, antes de fechar, parece abrir novas portas para o dirigente de futebol mais investigado do país. Próximo Texto: Big Phil Índice |
|