São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

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Big Phil

A popularidade do técnico Luiz Felipe Scolari explodiu com a conquista do pentacampeonato mundial, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha logo após a final da Copa. Em fevereiro, apenas 33% aprovavam seu trabalho. Depois que o Brasil venceu a Alemanha, 90% passaram a defender a sua permanência na seleção. Na final, o Brasil teve a melhor avaliação das três últimas Copas, com nota média de 9,4 dos paulistanos, idêntica à atribuída a Scolari. Para 75%, independentemente do resultado, o time nacional foi a melhor seleção da Copa. Ronaldo e Rivaldo foram apontados como os melhores jogadores do Mundial, e Ronaldinho foi considerado a grande revelação.

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o descrédito antes e mesmo durante parte da Copa, o técnico Luiz Felipe Scolari obteve aprovação maciça da torcida paulistana com a conquista do pentacampeonato mundial.
Para 90% dos entrevistados em pesquisa realizada pelo Datafolha anteontem, logo após a vitória de 2 a 0 sobre a Alemanha, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) deveria manter o técnico. Apenas 9% acham que ele deveria sair; 1% não souberam opinar.
A nota média atribuída a ele na Copa foi 9,3. Para 68%, Scolari mereceu nota máxima.
A seleção brasileira, com média de 8,9, recebeu nota dez de apenas 46% dos torcedores.
A pesquisa, por telefone, envolveu 347 paulistanos que viram ou ouviram pelo menos parte da partida contra os alemães.
Antes da estréia da seleção na Copa da Coréia do Sul e do Japão, Scolari tinha 33% de aprovação da torcida, conforme levantamento do Datafolha em fevereiro. Sua popularidade subiu para 54% após o primeiro jogo do Brasil.
Caso Scolari venha a ser substituído, 36% acham que Carlos Alberto Parreira, tetracampeão nos EUA em 1994, seria o melhor nome para assumir o cargo de técnico da seleção. Wanderley Luxemburgo vem em segundo, com 12% das menções, seguido de Zagallo, com 5%, e Oswaldo de Oliveira, com 3%. Não souberam apontar um nome para substituir o atual treinador 33% dos entrevistados.
Na última pesquisa do Datafolha, levando em conta apenas o jogo da decisão da Copa-2002, o Brasil recebeu nota média de 9,4, idêntica à de Scolari. O técnico, no entanto, obteve dez de 74% dos torcedores, enquanto a seleção recebeu nota máxima de 67%.
A partida contra a seleção alemã recebeu, em média, nota 9,1. Na final de 1998, quando o Brasil perdeu para a França por 3 a 0, a nota havia sido de 5,9. A partida que marcou a conquista do quarto título mundial, em 1994, atingiu média de 8,2.
A Alemanha, vice-campeã no Japão, recebeu 6,3 de nota, próxima à atribuída à Itália em 1994, 6,5. Em 1998, a vitoriosa França obteve 8,3 de média.
A avaliação da atual seleção brasileira superou a registrada nas duas últimas Copas. A equipe vice-campeã na França, em 1998, obteve nota média de 4,8. O técnico Zagallo ficou com 5,5.
O time de Parreira em 1994 recebeu 8,4 de média -naquela pesquisa, o técnico não foi avaliado.
Antes da final da Copa-2002, a aprovação do trabalho de Scolari já havia atingido nível idêntico à de Zagallo em 1998 e era maior que a de Parreira em 1994.
Scolari foi apontado como ótimo ou bom por 79% dos entrevistados, regular por 18% e ruim ou péssimo por apenas 2%. Zagallo perdia ligeiramente, com 4%, na pior análise. Antes de conquistar o tetra nos EUA, Parreira era qualificado como ótimo ou bom por 44%, como regular por 45% e como ruim ou péssimo por 11%.
A conquista da Copa-2002 foi considerada mais emocionante do que a campanha vitoriosa de 1994 por 70% dos paulistanos.
Para 60% dos entrevistados, a organização do futebol brasileiro vai melhorar de agora em diante, considerando o desempenho do país nesta Copa. Para 35%, a situação vai continuar como está. Apenas 3% acham que será pior.
Os fatos mais marcante desta Copa para os paulistanos foram os erros de arbitragem, com 34% das menções, seguido pela festa das torcidas da Coréia e do Japão, com 32%, e pelo fracasso de Argentina, França e Itália, com 23%.



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