São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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Candidato único, Bota vai herdar Engenhão

Clube aguarda aprovação do TCM para ter estádio

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Caso tenha sua documentação aprovada, o que deve acontecer, o Botafogo vai ficar com o estádio João Havelange, o Engenhão. O clube foi o único a apresentar ontem, na Prefeitura do Rio, proposta na licitação aberta para o local. O Flamengo, também presente ao processo, pode se tornar seu parceiro na empreitada.
A proposta do Botafogo pelo estádio só será anunciada hoje. Isso porque até ontem à tarde estava pendente uma análise do Tribunal de Contas do Município sobre a licitação. O órgão já realizou a aprovação das regras da concorrência.
O Botafogo vai ficar com a concessão do Engenhão por 20 anos. O aluguel mínimo estipulado pela Prefeitura do Rio era de R$ 1.680 mensais.
Com isso, o estádio será a única instalação esportiva permanente construída para o Pan que terá administração privada. Oficialmente, a Companhia Botafogo, empresa ligada ao clube, irá responder pelo local.
A gestão do estádio ficará a cargo da empresa americana AEG Sports, especializada em administração esportiva. Ainda há um banco estrangeiro, com braço no Brasil, envolvido no negócio. Com o Botafogo e possivelmente o Flamengo, essas duas empresas montarão um consórcio que ficará com o faturamento do estádio.
"Lógico que vejo com simpatia que [o Flamengo] jogue no estádio. Assim, dividimos os custos", contou o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas.
A prioridade do Flamengo ainda é fazer um estádio na Gávea para 30 mil pessoas, o que, até agora, é vetado pelo governo do Estado do Rio. O clube ainda espera a licitação do Maracanã, que sairá em outubro.
"Mas, mesmo que nosso estádio dê certo, onde vamos jogar pelos próximos três anos? Onde vamos jogar partidas grandes?", disse o presidente do Flamengo, Márcio Braga, justificando a ida ao processo de licitação e o interesse no Engenhão. O Fluminense cogitou entrar no páreo -desistiu após a Unimed, sua parceira, não aceitar condições da licitação.
Um empecilho para o Botafogo poderiam ser as suas dívidas com o governo federal, que o impedem de participar de licitações. Só que a Companhia Botafogo está livre de débitos.
A Secretaria Municipal de Fazenda informou que isso não seria problema. Mas ressalvou que a comissão de licitação é quem analisa os documentos.
Outras praças esportivas que tiveram seus destinos definidos foram o Parque Aquático Júlio Delamare e a pista de atletismo do estádio Célio de Barros. O governador do Rio, Sérgio Cabral, desistiu de destruí-los.
Ontem, em cerimônia, o político assinou o apoio do Estado à carta de candidatura do Rio à Olimpíada de 2016. Só falta o aval do governo federal.


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