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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
O clássico mudou
O CORINTHIANS mudou
com Adilson Batista. Tanto
pelo futebol mediano, quanto pelo empate, você pode
reclamar. Para o futuro, vale mais a pena observar a
mudança do desenho tático.
Adilson gosta de um losango no meio-campo e foi assim que o Corinthians enfrentou o Palmeiras.
Elias descia pela direita,
Jucilei, pela esquerda. Alguém dirá que os três volantes são responsáveis pelo
desempenho insosso. Mas...
"Elias nunca foi volante",
disse Mano Menezes, na semana passada, ao explicar
a escolha de Jucilei para a
reserva de Sandro e avalizando, sem querer, a opção
de Adilson Batista por liberar Elias um pouco mais.
Com três volantes, o Corinthians jogou ótimos 20
minutos. Teve a armação de
Bruno César e velocidade no
contra-ataque, responsável
pelo gol. O jogo mudou
quando Felipão alterou o
jeito de seu Palmeiras jogar.
Começou posicionado
com dois volantes e três armadores, com Márcio Araújo aberto pela direita. Como
perdia o meio-campo, deslocou Márcio Araújo para
terceiro volante, pela esquerda. Ele duelava com
Elias, Edinho revezava-se
com Pierre na marcação a
Bruno César e, ao mesmo
tempo, acompanhava a subida de Jucilei. Controlado,
Bruno César entregou-se.
A mudança, aliada à força de Kleber, exército de um
homem só, mudaram a cara
do jogo nos 15 minutos finais
do primeiro tempo.
Na prática, tanto a mudança tática do Corinthians
quanto a alteração tática de
Felipão não causam efeito
prático. Nem o Corinthians
voltou à liderança nem o
Palmeiras venceu a primeira com o técnico-ídolo. Adilson tem o argumento de Mano não ter vencido nenhum
de seus quatro primeiros
clássicos. Felipão também
empatou seu primeiro, em
1997. Pensando bem, o clássico não muda nada.
OUSADIA
Ricardo Gomes obteve o
melhor desempenho do São
Paulo com dois meias e dois
atacantes no jogo com o Ceará: Marlos, Fernandão, Dagoberto e Ricardo Oliveira.
BOM SINAL
Técnico da seleção tem de
ir ao estádio e sinalizar aos
atletas que aqui atuam que
não precisam sair do país.
Mano Menezes deu o primeiro sinal disso ontem e fez sua
obrigação: foi ao Maracanã.
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