São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

O clássico mudou

O CORINTHIANS mudou com Adilson Batista. Tanto pelo futebol mediano, quanto pelo empate, você pode reclamar. Para o futuro, vale mais a pena observar a mudança do desenho tático. Adilson gosta de um losango no meio-campo e foi assim que o Corinthians enfrentou o Palmeiras.
Elias descia pela direita, Jucilei, pela esquerda. Alguém dirá que os três volantes são responsáveis pelo desempenho insosso. Mas... "Elias nunca foi volante", disse Mano Menezes, na semana passada, ao explicar a escolha de Jucilei para a reserva de Sandro e avalizando, sem querer, a opção de Adilson Batista por liberar Elias um pouco mais.
Com três volantes, o Corinthians jogou ótimos 20 minutos. Teve a armação de Bruno César e velocidade no contra-ataque, responsável pelo gol. O jogo mudou quando Felipão alterou o jeito de seu Palmeiras jogar.
Começou posicionado com dois volantes e três armadores, com Márcio Araújo aberto pela direita. Como perdia o meio-campo, deslocou Márcio Araújo para terceiro volante, pela esquerda. Ele duelava com Elias, Edinho revezava-se com Pierre na marcação a Bruno César e, ao mesmo tempo, acompanhava a subida de Jucilei. Controlado, Bruno César entregou-se.
A mudança, aliada à força de Kleber, exército de um homem só, mudaram a cara do jogo nos 15 minutos finais do primeiro tempo.
Na prática, tanto a mudança tática do Corinthians quanto a alteração tática de Felipão não causam efeito prático. Nem o Corinthians voltou à liderança nem o Palmeiras venceu a primeira com o técnico-ídolo. Adilson tem o argumento de Mano não ter vencido nenhum de seus quatro primeiros clássicos. Felipão também empatou seu primeiro, em 1997. Pensando bem, o clássico não muda nada.

OUSADIA
Ricardo Gomes obteve o melhor desempenho do São Paulo com dois meias e dois atacantes no jogo com o Ceará: Marlos, Fernandão, Dagoberto e Ricardo Oliveira.

BOM SINAL
Técnico da seleção tem de ir ao estádio e sinalizar aos atletas que aqui atuam que não precisam sair do país. Mano Menezes deu o primeiro sinal disso ontem e fez sua obrigação: foi ao Maracanã.


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