São Paulo, Segunda-feira, 02 de Agosto de 1999
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CORTADA

Brasil, Cuba e só

CIDA SANTOS

No vôlei das Américas, nada de surpresas: Brasil e Cuba não tiveram dificuldade para chegar à final. Mais do que nunca, nessa decisão dos Jogos Pan-Americanos, ficou provado o desnível técnico das outras seleções. Tanto no masculino quanto no feminino, foi um torneio de um jogo só.
Na década de 80 e começo dos anos 90, por exemplo, EUA e Argentina tinham grandes equipes no masculino. Os norte-americanos foram absolutos no vôlei entre 1984 e 88. Ganharam tudo o que era possível: foram campeões mundiais e bicampeões olímpicos. Na Olimpíada de 92, ainda foram bronze.
De todo o passado de glória, restou ao time dos Estados Unidos o sétimo lugar no Pan-Americano, na frente apenas de Barbados. A Argentina também não conseguiu nesta década reeditar os resultados da geração anterior, que chegou à medalha de bronze no Mundial de 82 e na Olimpíada de 88.
No feminino, a decadência ficou por conta do Peru, que nos anos 80 foi vice mundial e olímpico. No continente, apenas Brasil e Cuba conseguiram se manter na elite mundial. Já a Europa mostra um movimento inverso ao das Américas: o aparecimento de novas forças como a seleção feminina da Itália.
Mas essa é uma outra história. Hoje, o que importa é a decisão entre Brasil e Cuba. Difícil fazer prognóstico: no dois últimos confrontos cada seleção teve uma vitória. Vale aquela máxima: quem sacar melhor, ganha o jogo. E seria importante o Brasil vencer. A seleção masculina está precisando conquistar títulos.
Esta coluna foi escrita antes da final do feminino, que estava prevista para ontem à noite. Mesmo assim, vale saudar Elisângela, destaque na vitória sobre Cuba na fase classificatória. O que não falta a ela é força, que o diga a cubana Regla Bell, que neste Pan-Americano foi derrubada por um ataque de Elisângela.



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