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CORTADA
Brasil, Cuba e só
CIDA SANTOS
No vôlei das Américas, nada
de surpresas: Brasil e Cuba não
tiveram dificuldade para chegar
à final. Mais do que nunca, nessa decisão dos Jogos Pan-Americanos, ficou provado o desnível
técnico das outras seleções. Tanto no masculino quanto no feminino, foi um torneio de um jogo só.
Na década de 80 e começo dos
anos 90, por exemplo, EUA e Argentina tinham grandes equipes
no masculino. Os norte-americanos foram absolutos no vôlei
entre 1984 e 88. Ganharam tudo
o que era possível: foram campeões mundiais e bicampeões
olímpicos. Na Olimpíada de 92,
ainda foram bronze.
De todo o passado de glória,
restou ao time dos Estados Unidos o sétimo lugar no Pan-Americano, na frente apenas de Barbados. A Argentina também
não conseguiu nesta década reeditar os resultados da geração
anterior, que chegou à medalha
de bronze no Mundial de 82 e na
Olimpíada de 88.
No feminino, a decadência ficou por conta do Peru, que nos
anos 80 foi vice mundial e olímpico. No continente, apenas Brasil e Cuba conseguiram se manter na elite mundial. Já a Europa
mostra um movimento inverso
ao das Américas: o aparecimento de novas forças como a seleção feminina da Itália.
Mas essa é uma outra história.
Hoje, o que importa é a decisão
entre Brasil e Cuba. Difícil fazer
prognóstico: no dois últimos
confrontos cada seleção teve
uma vitória. Vale aquela máxima: quem sacar melhor, ganha
o jogo. E seria importante o Brasil vencer. A seleção masculina
está precisando conquistar títulos.
Esta coluna foi escrita antes da
final do feminino, que estava
prevista para ontem à noite.
Mesmo assim, vale saudar Elisângela, destaque na vitória sobre Cuba na fase classificatória.
O que não falta a ela é força, que
o diga a cubana Regla Bell, que
neste Pan-Americano foi derrubada por um ataque de Elisângela.
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