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FUTEBOL
Jogadores que já encabeçaram a artilharia do torneio enfrentam escassez de gols e sofrem com descaso nos clubes
Goleadores da velha-guarda perdem ritmo
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A velha-guarda da artilharia nacional come poeira no Brasileiro.
Antes favoritos nas bolsas de
apostas, jogadores como Edmundo, Romário, Viola, Guilherme,
Rodrigo Fabri e Renaldo agora só
compõem a parte de baixo da lista
de goleadores do Nacional. Marcados por contusões e por má fase
técnica, os ex-artilheiros do Brasileiro não têm o que comemorar.
Em São Paulo, o atacante Renaldo, artilheiro em 1996, foi contratado para substituir Vágner Love.
Não havia conseguido até o início
desta rodada balançar a rede.
Pior: foi ofuscado pela "sensação" Osmar, que atingiu a média
de um gol por jogo no torneio.
O atacante Viola também não
está em grande momento. Artilheiro em 1998, ele chegou a ser
afastado por deficiência técnica.
Com cinco gols em 14 jogos, tem
média de 0,36 gol por partida e
tenta recuperar espaço no Guarani com o técnico Agnaldo Liz.
A fase negativa atingiu até Luis
Fabiano, maior artilheiro do São
Paulo em média de gols por partida: 0,74. Prejudicado por contusões e pela ausência no Nacional
devido à Copa América, o goleador máximo de 2002 jogou só oito
partidas no Brasileiro e vai para o
Porto com só cinco gols na tabela.
Em Minas, quem não decolou
foi o atacante Guilherme. Em 15
partidas pelo Cruzeiro, o artilheiro de 1999 não marcou e perdeu a
posição para o novato Fred.
No Atlético-MG, outro ex-artilheiro também sofre com o jejum.
Rodrigo Fabri, que dividiu com
Luis Fabiano o posto de goleador
em 2002, atuou em seis jogos (até
ontem) e não deixou sua marca.
No Rio, o vexame ficou por conta de Romário e Edmundo. Com
problemas de indisciplina, Romário tem a marca de cinco gols em
12 jogos -0,42 por jogo. Já Edmundo, vaiado contra o Vasco, tinha, sem contar o jogo contra o
Inter, média de 0,38 gol por jogo
com três tentos em oito partidas.
A exceção é Dimba. Recordista
em Brasileiros com 31 gols em
2003, ele anotou cinco vezes em
sete jogos pelo Flamengo. Porém
tem a desvantagem de estar atrás
na luta pelo bi da artilharia.
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