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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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VÔLEI

Bicampeão, Osasco cede cinco titulares e o técnico para a seleção feminina e vê rival São Caetano se reforçar em 2003

Seleção altera forças da final do Paulista

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O confronto é o mesmo, mas os papéis mudaram. BCN/Osasco e São Caetano protagonizam pela terceira vez seguida a decisão do Paulista feminino de vôlei. Só que, desta vez, o bicampeão não carrega o estigma de favorito.
A equipe cedeu cinco titulares e o técnico José Roberto Guimarães à seleção às vésperas do torneio enquanto via o adversário de hoje, às 20h30, ganhar maturidade.
Azarão em 2001 e com um elenco muito inferior ao do rival no ano passado, o São Caetano contratou jogadoras mais experientes para a disputa desta temporada.
A equipe do ABC também deu mais quilometragem às suas juvenis, conseguiu se tornar uma real ameaça ao desfalcado Osasco e aumentar suas chances de quebrar um incômodo jejum de títulos, que perdura desde 1975.
"Nas outras finais, meu time não tinha experiência, e o grupo era limitado. Do outro lado da rede ainda estavam jogadoras como Fernanda Venturini e Virna. Não tinha como brigar de igual para igual. Neste ano, o campeonato todo foi mais equilibrado. Cada um tem 50% de chance de vencer", disse William Carvalho.
O técnico do ABC, no entanto, fez uma campanha mais irregular do que o adversário. Foram nove vitórias e quatro derrotas.
O Osasco somente conheceu o placar negativo uma vez, exatamente contra o São Caetano.
Mas, nas finais, a equipe do ex-levantador William encontra um cenário bem mais favorável.
O técnico, que não pôde contar com suas quatro primeiras opções no meio-de-rede durante boa parte do campeonato, ganhou nas finais o reforço de Carol Gattaz, cortada da seleção.
A central é uma das quatro jogadoras do time do ABC que estiveram nas últimas duas decisões do Paulista contra o Osasco.
"A final de 2001 foi melhor do que o esperado. Todos diziam que nossa equipe nem sequer passaria das semifinais e chegamos até a ganhar uma partida [Osasco fechou a série em 2 a 1]", relembrou ela, que atuava ao lado da meio Andréia e das pontas Paula e Fabi.
"A história foi diferente em 2002. O BCN tinha uma equipe realmente superior à nossa e não encontrou dificuldades para ser campeão [fechou com duas vitórias por 3 a 0]", completou.
O time de São Caetano cedeu apenas Walewska, também meio-de-rede, para a seleção. A jogadora não chegou a vestir a camisa da equipe no Paulista.
O Osasco precisou suprir muito mais peças para montar o time que chega a esta decisão.
Em agosto, quando Zé Roberto convocou a seleção, deixaram o time o cérebro (a levantadora Fernanda Venturini), as atacantes de força (as pontas Érika e Paula Pequeno) e sua melhor bloqueadora (a meio-de-rede Valeskinha).
Mais de um mês depois, novamente para a equipe nacional, ainda perdeu a oposto Bia, melhor jogadora da última Superliga.
Das sete atletas que têm entrado em quadra no Paulista, apenas a meio Daniela e a líbero Veridiana seriam titulares hoje se o elenco estivesse completo.
"As meninas da seleção fazem falta, mas faz tempo que nome não ganha jogo. Nosso time tem condições de conseguir um bom resultado. E é isso que vamos buscar", disse o técnico Paulo Coco, que não deve contar com a atacante Mari, lesionada, no primeiro jogo da série melhor de três.


NA TV - São Caetano x Osasco, ao vivo, às 20h30, na Sportv


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