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O PERSONAGEM
Discípulo de Zé Roberto espera última surpresa
DA REPORTAGEM LOCAL
Em agosto, Paulo do Rego
Barros Jr. recebeu a notícia de
que iria para a seleção feminina
como auxiliar do técnico José
Roberto Guimarães.
Mas, antes de sentar definitivamente no banco brasileiro,
teria de manter o BCN/Osasco
como o principal time de São
Paulo, mesmo sem a presença
de cinco de suas titulares.
O treinador começou os treinos com uma base juvenil e,
após três meses de trabalho, está na final do Estadual com a
vantagem de decidir o título
em casa, já que fez a melhor
campanha -teve 11 vitórias e
apenas uma derrota.
"Eu não tinha idéia de como
as meninas se encaixariam no
time. Esperava conseguir um
bom resultado porque são jogadoras de qualidade, mas não
esperava essa campanha. Foi
uma surpresa", afirmou Paulo
Coco, como é conhecido. O
apelido foi dado por causa do
formato de sua cabeça.
A responsabilidade na equipe
de Osasco o afastou um pouco
da seleção. Coco, 36, ajudou Zé
Roberto em alguns treinamentos quando as jogadoras estavam em Alphaville.
Mas, graças à concentração
da equipe nacional em São
Paulo, conseguiu contar com a
presença do treinador também
no clube. Ex-levantador como
Coco, Zé Roberto até atuou na
posição em um dos treinos para substituir Ana Cristina, que
não pôde participar.
"Minha prioridade era o
BCN. Se desse para ajudar a seleção, melhor. Foi bom poder
contar com uns toques do Zé
neste momento da equipe",
afirmou o técnico.
A parceria dos dois é antiga.
Eles jogaram juntos no Banespa, em 1986, quando Coco
chegou em São Paulo. Pernambucano de Olinda, ele começara a carreira no Recife -vestiu
a camisa do Santa Cruz, do
Sport e da AACBV.
Coco encerrou a carreira de
jogador em 1995 e, no ano seguinte, foi convidado para ser
auxiliar de seu ex-companheiro de equipe no Banespa.
Até quando começou seu vôo
solo, o treinador esteve junto
com o parceiro. O primeiro time que comandou, a UnG,
contava com Zé Roberto como
gerente de Esportes.
(ML)
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