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FUTEBOL
Goleiro diz que terá que mudar o estilo ao bater faltas no Mundial, mas aprova artefato com chip que indica se foi gol
Rogério põe mão e pé à prova de nova bola
Fernando Santos/Folha Imagem
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O goleiro Rogério, do São Paulo, tenta controlar durante treino a bola que será usada no Mundial |
TONI ASSIS
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo desvendou na etapa
final de preparação no Brasil o seu
último ajuste para se adequar ao
Mundial de Clubes: a "bola inteligente", que vai ser usada no torneio no Japão. Ela conta com um
chip, que indicará se cruzou ou
não a linha em lances de gol.
E, para ficar em dia com a nova
ferramenta de trabalho, o escolhido para testá-la foi o goleiro Rogério, especialista do elenco tanto na
arte de defender, como na de fazer
gols em cobranças de falta.
Desde o dia 14 de novembro,
quando as bolas da Adidas chegaram ao clube, o goleiro vem fazendo um trabalho especial de finalizações e de defesas de média e
curta distância para se habituar
com a nova bola.
Como apenas 12 delas estão
com o clube paulista, Autuori não
teve como fazer um treinamento
técnico com todo o elenco. Assim,
a prioridade foi dada ao seu melhor finalizador.
"A fabricação é melhor do que a
bola do Brasileiro [Nike]. Tem
menos variação na direção, o que
é bom, e também é mais pesada."
Mas os elogios do são-paulino à
mudança param por aí. Especialista em cobranças de falta, Rogério avisou que vai precisar mudar
o seu estilo para tentar surpreender os adversários na bola parada.
"Ela demora mais a cair quando
damos o "top spind" [quando a
bola encobre a barreira] e tem
que mudar o jeito de bater na bola. Tem que medir bem a força
que se põe na hora da falta."
Além da adaptação na forma de
aplicar o chute, o Rogério prevê
mais uma dificuldade com a troca
de bola. "Ela é lisa. No campo molhado, fica mais difícil de segurá-la", falou o goleiro.
Segundo o auxiliar técnico Mílton Cruz, além da bola, o São Paulo vai ter mais um complicador: o
tipo de terreno. "O campo nessa
época do ano está sempre molhado por causa do clima. A bola vai
ficar mais rápida ainda porque a
grama é bem baixinha", alertou o
homem de confiança de Autuori.
Se emplacar no Mundial, a "bola inteligente", que já foi testada
no Mundial sub-17, pode ser usada na Copa do Mundo da Alemanha. Em março, a Fifa bate o martelo a respeito da questão.
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