São Paulo, sexta-feira, 02 de dezembro de 2005

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FUTEBOL

Goleiro diz que terá que mudar o estilo ao bater faltas no Mundial, mas aprova artefato com chip que indica se foi gol

Rogério põe mão e pé à prova de nova bola

Fernando Santos/Folha Imagem
O goleiro Rogério, do São Paulo, tenta controlar durante treino a bola que será usada no Mundial


TONI ASSIS
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo desvendou na etapa final de preparação no Brasil o seu último ajuste para se adequar ao Mundial de Clubes: a "bola inteligente", que vai ser usada no torneio no Japão. Ela conta com um chip, que indicará se cruzou ou não a linha em lances de gol.
E, para ficar em dia com a nova ferramenta de trabalho, o escolhido para testá-la foi o goleiro Rogério, especialista do elenco tanto na arte de defender, como na de fazer gols em cobranças de falta.
Desde o dia 14 de novembro, quando as bolas da Adidas chegaram ao clube, o goleiro vem fazendo um trabalho especial de finalizações e de defesas de média e curta distância para se habituar com a nova bola.
Como apenas 12 delas estão com o clube paulista, Autuori não teve como fazer um treinamento técnico com todo o elenco. Assim, a prioridade foi dada ao seu melhor finalizador.
"A fabricação é melhor do que a bola do Brasileiro [Nike]. Tem menos variação na direção, o que é bom, e também é mais pesada."
Mas os elogios do são-paulino à mudança param por aí. Especialista em cobranças de falta, Rogério avisou que vai precisar mudar o seu estilo para tentar surpreender os adversários na bola parada.
"Ela demora mais a cair quando damos o "top spind" [quando a bola encobre a barreira] e tem que mudar o jeito de bater na bola. Tem que medir bem a força que se põe na hora da falta."
Além da adaptação na forma de aplicar o chute, o Rogério prevê mais uma dificuldade com a troca de bola. "Ela é lisa. No campo molhado, fica mais difícil de segurá-la", falou o goleiro.
Segundo o auxiliar técnico Mílton Cruz, além da bola, o São Paulo vai ter mais um complicador: o tipo de terreno. "O campo nessa época do ano está sempre molhado por causa do clima. A bola vai ficar mais rápida ainda porque a grama é bem baixinha", alertou o homem de confiança de Autuori.
Se emplacar no Mundial, a "bola inteligente", que já foi testada no Mundial sub-17, pode ser usada na Copa do Mundo da Alemanha. Em março, a Fifa bate o martelo a respeito da questão.


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