São Paulo, quarta-feira, 02 de dezembro de 2009
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TÊNIS Em boas mãos
RÉGIS ANDAKU COLUNISTA DA FOLHA A TEMPORADA seria muito difícil. Recém-destronado do topo do ranking, o incontestável Roger Federer trazia consigo o jejum de títulos em Roland Garros, a perda de Wimbledon e o fracasso pelo ouro olímpico, fora um Masters deprimente. O campeão recebia olhares desconfiados e era seguido por rivais cada vez mais famintos. Com essa carga negativa inédita, não foi fácil ver Rafael Nadal resistir quatro horas e meia, calor infernal, e ganhar a quinta final de Grand Slam entre eles, a terceira seguida. Na hora de falar, Federer não falou: emudeceu, chorou, soluçou e deixou os olhos vermelhos, marejados. Quando 2009 começou, Federer era então o menino chorão, derrotado, e Nadal, o experiente campeão a passar-lhe a mão na cabeça e dizer palavras de incentivo. Desacreditado, Federer estava frágil. Derrota para Andy Murray e Novak Djokovic, além do próprio Nadal, campeão, além da Austrália, em Indian Wells, Montecarlo, Roma... Mas quem ousaria decretar o assunto encerrado tão cedo no ano? Diante dos espanhóis, Federer tirou o troféu do Masters 1.000 de Madri de seu nêmesis. Quando Nadal bobeou em Roland Garros, Federer levou o Aberto da França com sua imbatível segurança. Depois, retomou Wimbledon das mãos de Andy Roddick, um 16/14 no quinto set que só não derrubaria quem tem o sangue frio dos campeões. Foi aplaudido de pé por Pete Sampras, Bjorn Borg e Rod Laver. Nunca houve um campeão tão grande. Já de volta ao topo, abraçou Myla Rose e Charlene Riva, suas filhas gêmeas. Federer ainda ganharia o Masters 1.000 de Cincinnati e perderia o Aberto dos EUA e as Finais da ATP, mas quem se importa mais? Não foi a temporada em que Federer voltou. Porque ele não havia sumido. O que voltou foram a confiança, a consistência e o sorriso. Federer já disse que sua mulher acha importante as filhas um dia verem o pai jogar. A mãe quer que elas compreendam quem é realmente o pai delas. Talvez aprendam futuramente no capítulo "Ano 2009" que não existe batalha perdida, nunca. CARISMA Em mais.uol.com.br/view/464032 há um vídeo com os bastidores de uma entrevista do suíço à CNN. Ele simplesmente não se controla durante a gravação e cai na gargalhada ao lado do simpático Pedro Pinto. É Federer no íntimo. CONTATO No Facebook, em "Roger Federer", foram publicadas as primeiras fotos das filhas, e ele conversa com mais de 3,1 milhões de seguidores. OUTRA ESTRELA Maria Sharapova faz jogo-exibição no sábado, em empreendimento imobiliário em Porto Feliz. Maria Esther Bueno será homenageada. reandaku@uol.com.br Texto Anterior: Multa: Sérvio se diz culpado por brindar Próximo Texto: Modesto, Pinheiros busca título Índice |
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