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MEMÓRIA
Empresário foi escudo de Giba no caso de doping
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2003, Jorge Assef se viu
em uma das situações mais
complicadas de sua carreira.
Acostumado a lidar com contratos e negócios, transformou-se em escudo de um de seus
principais jogadores: Giba havia sido flagrado em antidoping por uso de maconha.
De uma hora para outra, Assef precisou negociar com advogados, despistar a imprensa,
cuidar do amigo e superar os
próprios preconceitos.
"Fiquei perdido. Eu sou o cara mais careta do mundo. Não
conseguia entender por que o
Giba havia feito aquilo."
A confusão continuou até Assef falar com Fernanda, 17, e
Jorge, 15, seus filhos com Ester,
com quem é casado há 19 anos.
"Eles me disseram: "Pai, você
não gosta de beber sempre sua
cervejinha?". Então, a válvula de
escape dele foi outra", conta.
"Caí na real. Vi que o Giba
não fez nada de errado. Ele é
uma criança grande, é um super-homem com limitações."
A influência de Assef foi notada por amigos do ponta. "Ele
soube orientá-lo. Disse como
se comportar, quando e como
falar", afirma Ricardinho.
O atleta ficou suspenso por
oito partidas. Mas o caso não
modificou o interesse da equipe. Enquanto ainda esperava a
punição, ele recebeu proposta
para renovar com o Ferrara.
O atacante ainda ensaiou
uma volta ao Brasil, mas preferiu ficar na Itália, no Cuneo.
"Hoje ele é um dos cinco jogadores mais bem pagos do
mundo", afirma Assef.
(ML)
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