São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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MEMÓRIA

Empresário foi escudo de Giba no caso de doping

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2003, Jorge Assef se viu em uma das situações mais complicadas de sua carreira.
Acostumado a lidar com contratos e negócios, transformou-se em escudo de um de seus principais jogadores: Giba havia sido flagrado em antidoping por uso de maconha.
De uma hora para outra, Assef precisou negociar com advogados, despistar a imprensa, cuidar do amigo e superar os próprios preconceitos.
"Fiquei perdido. Eu sou o cara mais careta do mundo. Não conseguia entender por que o Giba havia feito aquilo."
A confusão continuou até Assef falar com Fernanda, 17, e Jorge, 15, seus filhos com Ester, com quem é casado há 19 anos.
"Eles me disseram: "Pai, você não gosta de beber sempre sua cervejinha?". Então, a válvula de escape dele foi outra", conta.
"Caí na real. Vi que o Giba não fez nada de errado. Ele é uma criança grande, é um super-homem com limitações."
A influência de Assef foi notada por amigos do ponta. "Ele soube orientá-lo. Disse como se comportar, quando e como falar", afirma Ricardinho.
O atleta ficou suspenso por oito partidas. Mas o caso não modificou o interesse da equipe. Enquanto ainda esperava a punição, ele recebeu proposta para renovar com o Ferrara.
O atacante ainda ensaiou uma volta ao Brasil, mas preferiu ficar na Itália, no Cuneo.
"Hoje ele é um dos cinco jogadores mais bem pagos do mundo", afirma Assef. (ML)


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