DO ENVIADO A BARCELONA

A situação no paddock de Barcelona ontem foi inusitada. E beirou o constrangimento.
No caminhão da Jaguar, Antonio Pizzonia dava entrevistas tentando explicar seus maus resultados e afirmando que vai ficar no time até o final do ano.
Do lado de fora, Luciano Burti dizia que não estava na Espanha passeando. "Todos sabem que estou procurando emprego. Minha intenção é voltar a correr", disse. "Se tiver um lugar disponível, estarei pronto. Mas não quero influenciar na decisão de nenhuma equipe nem prejudicar um colega."
Embora tenha evitado falar na Jaguar, Burti deixou transparecer que as negociações estão bem encaminhadas. Questionado sobre suas chances de correr neste ano, disse que "as conversas melhoraram".
Ex-piloto de testes da Ferrari, Burti, 28, é hoje a primeira opção da Jaguar para a vaga de Pizzonia, 22, que deve ser dispensado se não fizer uma boa prova amanhã. As chances de o estreante permanecer no time são cada vez menores. Ontem, foi o 13º na pré-classificação, seis posições atrás do companheiro de time, Mark Webber.
Mas não foi só isso. Pizzonia atropelou um mecânico da Jaguar enquanto treinava pits, foi multado por excesso de velocidade nos boxes e ainda acabou escolhido para o antidoping.
"Sem dúvida nenhuma existe uma pressão da equipe. Mas a situação parece ser mais difícil para quem está vendo de fora. Tenho contrato com a Jaguar e acredito que vou ficar até o fim do ano", disse o amazonense.
Contrastando com o abatimento de Pizzonia, o outro brasileiro estreante, Cristiano da Matta, foi o destaque da sessão, obtendo o quarto lugar.
"Isso foi bom para lembrar as pessoas de que esse carro da Toyota é bom. Para amanhã [hoje", é difícil saber. Mas não tem por que andar mal", afirmou o mineiro. (FSX)


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