PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Kaká sagrou-se campeão do considerado mais difícil torneio nacional do planeta. E mais: foi destaque do Milan no momento decisivo, assim como durante toda a competição. Por telefone, o meia falou à Folha logo após o jogo contra a Roma. Disse que na Itália evoluiu muito, contou sobre os planos da comemoração e falou sobre a seleção brasileira.

 

Folha - Para quem dedica o título?
Kaká - Em primeiro lugar, para Deus. Leio muito a Bíblia, e por isso sempre digo que tenho muito mais do que preciso.

Folha - A temporada foi melhor do que você esperava?
Kaká - Quando cheguei aqui, não imagina que poderia ter sido tão boa. Deus tem muito a ver com tudo isso que vivi aqui.

Folha - Em relação ao tempo de São Paulo, quanto você evoluiu no Milan?
Kaká - Aqui melhorei em todos os sentidos. Evolui em termos táticos, físicos e técnicos. O Milan fez um trabalho especial comigo. Também fui ajudado pelos outros brasileiros que estavam aqui. Ninguém teve ciúmes.

Folha - Você não tem férias há quase dois anos. Pretende jogar a Copa América?
Kaká - Quero esperar. Temos antes duas partidas pelas eliminatórias da Copa [contra Argentina e Chile] e quero pensar só nelas. Sempre digo que jogar pela seleção é um grande prazer.

Folha - Como vai ser a festa pelo título?
Kaká - Vamos fazer a festa de verdade na última rodada, contra o Brescia. Mas hoje [ontem] vou sair para comemorar com os amigos e a família.

Folha - Na seleção brasileira e no São Paulo você jogava com a camisa 8. Quer usar esse número a partir de agora no Milan?
Kaká - Olha, isso não é tão importante. Tive ótimos momentos no São Paulo e na seleção brasileira usando a camisa 8. Aqui no Milan, ela é do Gattuso. Fui muito feliz com a 22.


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