São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2005

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PAINEL FC

Especulador
O estafe de Luis Fabiano acusa o São Paulo de atrapalhar todas as tentativas do jogador de deixar o Porto. Afirma que pela terceira vez o clube do Morumbi fala no retorno do atacante sem sequer fazer uma proposta.

Promessa
A irritação agora é maior ainda porque o presidente Marcelo Portugal Gouvêa assegurou que, se o atleta retornar ao Brasil, será para jogar no São Paulo, não no Corinthians, que já iniciou negociações para repatriá-lo.

Separados no berço
O diário argentino "Clarín" atirou num brasileiro e acertou outro. Estampou uma foto de Marcelo Portugal Gouvêa como se fosse Murilo Portugal, novo secretário-executivo da Fazenda, apresentado como inimigo da Argentina. Em comum com o auxiliar de Palocci, o cartola tem a impopularidade entre os vizinhos, por causa de Desábato.

Pegadinha?
Gouvêa ficou assustado ao saber pela Folha da confusão, e admitiu a possibilidade de não ir com o São Paulo até a Argentina, caso o time jogue lá na Libertadores, para evitar ser reconhecido pelos torcedores. "É o fim da picada. Não sou político, e essa polêmica não é meu assunto, é para o Itamaraty."

Motim
A contratação de Aldo Guida incendiou o departamento médico do Palmeiras. Diante do fato de o novo chefe ter carta branca para fazer demissões, os médicos Vinícius Martins e Fúlvio Rosseti estudam entregar seus cargos ao presidente.

Poder paralelo
Uma sala ao lado do setor de arrecadação do Palmeiras é vista com preocupação pela diretoria. Nela se reúnem diariamente Mustafá Contursi e o casal Luiz e Dirce Pagnota. É comum aliados de Affonso Della Monica rondarem o local para sondar o que se passa lá dentro.

Nenhum, nem outro
Ao afastar Fábio Costa, Daniel Passarella aumentou a insatisfação de parte da diretoria corintiana com seu trabalho. Alberto Dualib já sofre pressão para demiti-lo. O argumento é que a troca de treinador será inevitável, se o time não embalar. Aí o clube ficará sem o comandante e o goleiro. Se ele sair agora, o camisa 1 fica no clube.

Costas quentes
Convencer Dualib não basta aos desafetos de Passarella. Por enquanto, Kia Joorabchian não pensa em afastar o treinador. O voto de minerva é da MSI.

Indigestão
O almoço com a bancada corintiana de vereadores paulistanos no Parque São Jorge, ontem, virou um tiroteio entre situação e oposição. O vice Antonio Roque Citadini comparou Kia ao mafioso Al Capone.

Turista
Citadini disse também que o iraniano não entende de futebol e leva jogadores para boates. Defensores da parceria respondem que ele ia ao exterior acompanhar óperas, em meio a crises.

Na mira
Zagallo é investigado pela Polícia Federal. O alvo do inquérito é o dinheiro que o coordenador-técnico da seleção recebeu de empresários líbios em 1995. Há suspeita de que tenha sido uma comissão por agendar um amistoso, que não aconteceu. Zagallo diz que ficou com a verba como pagamento de uma entrevista.

Campanha
O site da CBF divulgou ontem o apoio de Ricardo Teixeira à candidatura de Joseph Blatter à reeleição na Fifa. O presidente da entidade brasileira rasga elogios ao aliado. O cartola festeja também outro suíço, o secretário-geral Liusi Urs, que poderia se candidatar ao cargo.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De João Paulo Jesus Lopes, diretor de planejamento do São Paulo, sobre o parcelamento em 60 meses para os clubes quitarem, com ajuda da Timemania, dívidas negociadas:
- Para quem deve muito, ficou inviável. O curioso é que o governo perdoou uma dívida de milhões de Moçambique.

CONTRA-ATAQUE

Falando grego

O presidente reeleito na Confederação Brasileira de Basquete ganhou o apelido de "Grego" por causa de sua origem. Mas bem que poderia ter sido só para facilitar a vida de seus amigos e apoiadores brasileiros.
Ontem, a conquista de mais quatro anos à frente da entidade já era tida como certa pelo grupo que o acompanhava. Participar da eleição seria apenas uma mera formalidade.
Mas o que parecia simples acabou se complicando durante a assembléia no Rio.
Ficou definido que os 27 presidentes das federações declarariam seus votos em voz alta.
Foi quando a situação se viu em maus lençóis. Os dirigentes sabiam exatamente em quem votar, mas muitos travaram a língua e não conseguiram de jeito nenhum pronunciar o nome do candidato: Gerasime Bozikis.

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