São Paulo, terça-feira, 03 de maio de 2011

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Trânsito

Chuva e bandeiras amarelas fazem média de velocidade da Indy se aproximar à da marginal

RAFAEL REIS
SANDRO MACEDO
TATIANA CUNHA

DE SÃO PAULO

Quase 24 horas depois da largada para a etapa brasileira da Indy, Will Power conseguiu enfim festejar sua segunda vitória em São Paulo.
Nem a chuva, que havia interrompido a corrida anteontem após 14 voltas e voltou a cair ontem, minutos antes da nova largada, ajudou a tornar a prova emocionante.
Com a pista escorregadia e várias bandeiras amarelas, a velocidade média da corrida foi de apenas 107 km/h, não muito mais do que os 90 km/ h permitidos na marginal Tietê, usada como trecho do circuito de rua do Anhembi.
Das duas horas e quatro minutos de carros na pista, 52 minutos foram de bandeira verde -a prova foi encerrada com 55 das 75 voltas, ao estourar o limite de tempo.
Com o adiamento da etapa para a manhã fria e chuvosa de ontem, apenas cerca de 5.000 torcedores voltaram às arquibancadas do Anhembi, pela estimativa da prefeitura.
"Posso dizer que foi um pódio um pouco solitário", disse Power, que com a vitória assumiu a liderança da Indy, 14 pontos à frente de Dario Franchitti, o quarto ontem -Graham Rahal, o segundo, e Ryan Briscoe, o terceiro, completaram o pódio.
Os transtornos causados pela transferência da prova praticamente não afetaram pilotos e equipes, já que a próxima etapa da Indy só será no dia 29 de maio, com as 500 Milhas de Indianápolis.
Para a cidade de São Paulo e a organização da corrida, porém, os incômodos foram maiores, apesar de o trânsito, maior causa de preocupação, não ter fugido muito da média para uma segunda-feira.
A prefeitura, que investiu neste ano R$ 16 milhões para receber a etapa da Indy, valor que já estava acima dos R$ 6 milhões inicialmente previstos, disse que todos os gastos extras causados pelo adiamento serão bancados pelo Grupo Bandeirantes, responsável por organizar o evento.
Em sua segunda edição, esta é a segunda vez que problemas marcam a etapa da Indy nas ruas de São Paulo.
No ano passado, o treino de classificação teve de ser adiado do sábado para a manhã de domingo porque o concreto na reta do sambódromo não tinha aderência.
Foi feita então uma raspagem de emergência na noite de sábado para domingo. Depois de dada a largada, mais problemas. Chuva forte causou alagamentos em vários trechos da pista e evidenciou falhas no sistema de drenagem, melhorado para 2011.
Mas nem as melhorias nem o recapeamento da pista nem a troca no mês da prova (março para maio) evitaram que neste ano ela fosse transferida por causa da chuva.
Com contrato com a Indy até 2018, a organização já estuda fazer a largada mais cedo no próximo ano para tentar evitar novos problemas.


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