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Trânsito
Chuva e bandeiras amarelas fazem média de velocidade da Indy se aproximar à da marginal
RAFAEL REIS
SANDRO MACEDO
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO
Quase 24 horas depois da
largada para a etapa brasileira da Indy, Will Power conseguiu enfim festejar sua segunda vitória em São Paulo.
Nem a chuva, que havia
interrompido a corrida anteontem após 14 voltas e voltou a cair ontem, minutos antes da nova largada, ajudou a
tornar a prova emocionante.
Com a pista escorregadia e
várias bandeiras amarelas, a
velocidade média da corrida
foi de apenas 107 km/h, não
muito mais do que os 90 km/
h permitidos na marginal
Tietê, usada como trecho do
circuito de rua do Anhembi.
Das duas horas e quatro
minutos de carros na pista,
52 minutos foram de bandeira verde -a prova foi encerrada com 55 das 75 voltas, ao
estourar o limite de tempo.
Com o adiamento da etapa
para a manhã fria e chuvosa
de ontem, apenas cerca de
5.000 torcedores voltaram às
arquibancadas do Anhembi,
pela estimativa da prefeitura.
"Posso dizer que foi um
pódio um pouco solitário",
disse Power, que com a vitória assumiu a liderança da
Indy, 14 pontos à frente de
Dario Franchitti, o quarto ontem -Graham Rahal, o segundo, e Ryan Briscoe, o terceiro, completaram o pódio.
Os transtornos causados
pela transferência da prova
praticamente não afetaram
pilotos e equipes, já que a
próxima etapa da Indy só será no dia 29 de maio, com as
500 Milhas de Indianápolis.
Para a cidade de São Paulo
e a organização da corrida,
porém, os incômodos foram
maiores, apesar de o trânsito,
maior causa de preocupação,
não ter fugido muito da média para uma segunda-feira.
A prefeitura, que investiu
neste ano R$ 16 milhões para
receber a etapa da Indy, valor
que já estava acima dos R$ 6
milhões inicialmente previstos, disse que todos os gastos
extras causados pelo adiamento serão bancados pelo
Grupo Bandeirantes, responsável por organizar o evento.
Em sua segunda edição,
esta é a segunda vez que problemas marcam a etapa da
Indy nas ruas de São Paulo.
No ano passado, o treino
de classificação teve de ser
adiado do sábado para a manhã de domingo porque o
concreto na reta do sambódromo não tinha aderência.
Foi feita então uma raspagem de emergência na noite
de sábado para domingo. Depois de dada a largada, mais
problemas. Chuva forte causou alagamentos em vários
trechos da pista e evidenciou
falhas no sistema de drenagem, melhorado para 2011.
Mas nem as melhorias
nem o recapeamento da pista
nem a troca no mês da prova
(março para maio) evitaram
que neste ano ela fosse transferida por causa da chuva.
Com contrato com a Indy
até 2018, a organização já estuda fazer a largada mais cedo no próximo ano para tentar evitar novos problemas.
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