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Uso político é
superado pelo uso
comercial
do enviado a Marselha
Reflexo do próprio tempo, o futebol da Copa do Mundo que começa na próxima semana, na
França, vai ser objeto de fortes interesses comerciais.
A era do uso político do futebol,
que marcou a Copa de 1938 e outras mais, é cada vez mais superada pelas conveniências de empresários e patrocinadores.
O problema é sério, tanto que a
Fifa já sinaliza algum tipo de ação.
Na reunião do Comitê Executivo
da entidade, no último dia 27, o
órgão decidiu formar um grupo de
trabalho para estudar "a interferência de patrocinadores na progamação de amistosos de algumas
seleções".
A descrição cabe bem a Nike,
fornecedora de material esportivo
da CBF, que vinha coordenando o
que chama de "Brasil World
Tour", em poucas palavras, todos
os amistosos da seleção realizados
antes da Copa da França.
O caso chegou a gerar polêmica
no ano passado, quando a Federação Alemã de Futebol recusou tratar da organização de um amistoso com os executivos da empresa
norte-americana.
À época, Bert Vogts, técnico da
Alemanha, chegou a classificar de
"ridículo" o preço cobrado pela
partida (US$ 500 mil)-que, no final, acabou acontecendo.
Caso semelhante ocorreu com a
Federação Espanhola, que acabou
cancelando seu compromisso.
A Fifa também quer regularizar a
publicidade virtual nas transmissões de TV. Hoje em dia, por
exemplo, não existe impedimento
legal para uma emissora apagar a
imagem de um patrocinador com
o qual não possua contrato.
(JHM)
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